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A conta da língua solta de Bolsonaro começa a chegar

30/06/2016Da Redação
A conta da língua solta de Bolsonaro começa a chegar | Jornal da Orla
Dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) tê-lo tornado réu, por incitação ao estupro, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) se complicou ainda mais. Na terça-feira (28), o Conselho de Ética da Câmara instaurou processo para apurar se “Bolsomito” quebrou o decoro parlamentar ao dedicar seu voto, no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ao coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra.
 
A representação aceita pelo conselho, impetrada pelo Partido Verde (PV), acusa Bolsonaro de fazer apologia ao crime de tortura. Ustra foi comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo, local onde foram torturadas 502 pessoas (entre elas, Dilma Rousseff) e assassinadas outras 50. O “Doutor Tibiriçá”, como era conhecido, foi o primeiro militar a ser declarado pela Justiça como responsável por episódios de tortura na ditadura.
 
Apologia ao estupro
Na ação no STF, Bolsonaro será julgado por ter dito que só não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT) “porque ela não merece”. São duas ações: uma por apologia ao crime e outra por injúria. O ministro Luiz Fux aceitou as denúncias, argumentando que Bolsonaro dá a entender que existem mulheres “que merecem” ser estupradas. Fux considerou ainda que o deputado não pode ser protegido pela prerrogativa de imunidade parlamentar, já que o que disse não tem nenhuma relação com a atividade que exerce na Câmara.
 
Sem arrependimento
Em sua defesa, Bolsonaro diz que estava exercendo seu direito parlamentar de “expressar opinião”. Nos dois casos, garante não estar arrependido. “De jeito nenhum. Eu tenho que pensar no que vou falar? Não vou pedir pedir clemência ao Supremo nem à Câmara”, declarou.
 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) estará nesta quinta-feira em Santos, para formalizar o compromisso de arcar com metade do custeio para o funcionamento do Hospital dos Estivadores. A agenda dele inclui ainda a inauguração do restaurante popular Bom Prato no Morro do São Bento.
 
Emendas parlamentares
Por falar em Estivadores, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) comemora o recebimento de R$ 1,25 milhão do governo federal, para compra de equipamentos e mobiliário do complexo hospitalar. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares dos deputados federais  João Paulo Tavares Papa (PSDB), que destinou R$ 1 milhão, e Roberto Freire (PPS), com R$ 250 mil.

Bate-boca na rede social

Fechou o tempo no Partido Social Liberal (PSL) de Santos. O advogado Taylor Matos acusa o presidente, o produtor de vídeo Victor Panchorra, de exigir R$ 350 mil para ser o candidato a prefeito da legenda. 
 
Os dois bateram boca em uma rede social. “Você me pediu R$ 350 para me dar a legenda para ser candidato a prefeito. Seja honesto e assuma!”, escreveu Matos. “Dissemos a você que, se quisesse ser candidato a prefeito, teria que bancar a própria campanha. Você disse a todos que era milionário e que dinheiro não era problema”, respondeu Panchorra.
 
Ao que parece, a arenga vai deixar o ambiente virtual. Matos prometeu acionar a Polícia Federal e Panchorra anunciou que vai acionar o agora desafeto na Justiça.