Coluna Dois

Peixinho massacrado pelo Flu no Brasileiro sub-20: 5 a 0

11/06/2016
Peixinho massacrado pelo Flu no Brasileiro sub-20: 5 a 0 | Jornal da Orla
Na terça-feira, pelo Campeonato Brasileiro, o sub-20 do Santos foi massacrado no Rio de Janeiro pelo do Fluminense: 5 a zero.
 
O resultado, somado à campanha decepcionante no Paulista da mesma categoria, deve acender um alerta vermelho na Vila Belmiro e no Centro de Treinamento Rei Pelé.
 
Na formação de jogadores, os resultados em campo não são tão importantes. O objetivo principal é revelar atletas para o time profissional.
 
Assim, muitas vezes o jogador da base atua numa categoria acima daquela da  idade dele para enfrentar dificuldades maiores e acelerar o amadurecimento. No time principal do Santos há jogadores que ainda poderiam estar no sub-20, como Gabriel e Thiago Maia..
 
Ainda que isso seja considerado, apanhar de 5 a 0 no Brasileiro e derrapar no Paulista, preocupa. E muito. Porque nessa categoria, o jogador está à beira da profissionalização. Traduz o resultado do processo de formação da base do clube. E as comperições servem como referência do nível dele em relação aos da mesma idade em outros clubes.
 
Entre 2010 e 2014, a base do Santos passou por um  processo de profissionalização. Isso abrange desde a elaboração dos contratos e a formação técnica até a política de relação com empresários, sempre difícil, e que envolve a participação do clube nos direitos econômicos dos atletas.
 
Os resultados da seriedade desse trabalho logo apareceram.  O Santos, que em 40 anos de Copa São Paulo, principal competição do país nessa categoria, tinha apenas um título, em 1984, em cinco anos, conquistou dois, 2013 e 2014, com dois times quase completamente diferentes. Também conquistou um inédito título da Copa do Brasil sub-20. Gustavo Henrique, Zeca, Lucas Veríssimo, Thiago Maia,  Serginho, Gabriel, Daniel Guedes vieram dessas duas gerações campeãs. 
 
Em 2015, essa estrutura profissionalizada que tinha sido cuidadosamente  montada e chegado a esses resultados, foi desmanchada. Houve inclusive a demissão, lamentada aqui nesta coluna, do supervisor Joãozinho, com longa história no clube como jogador e treinador. No lugar dele foi colocado um profissional trazido do Rio de Janeiro. 
 
Foi montada uma nova equipe e um ano e meio depois parece que alguma coisa desandou.
 
A formação de atletas faz parte da tradição centenária do Santos e é vital para a manutenção da grandeza do clube.  
 
Está na hora de fazer uma avaliação dos resultados das modificações feitas desde o começo do ano passado.