
Os “Panama Papers” são um escândalo internacional. Os documentos vazados da empresa (ou seria lavanderia?) Mossack Fonseca, especialista em criar empresas de fachada, já resultaram até em queda de primeiro-ministro (na Islândia).
No Brasil, de acordo com o UOL, os papéis indicam 107 offshores ligadas a pessoas ou empresas envolvidas nas investigações da operação Lava Jato. Ao contrário do que ocorre lá fora, no Brasil não se vê tanto alarde na mídia. A Globo, por exemplo, já virou notícia no Exterior por conta dos Panamá Papers…
O portal “deVerdieping Trouw” e o jornal “Het Financieele Dagblad”, ambos holandeses, analisaram os documentos. Constataram que a rede da família Marinho teria usado offshores para pagar intermediários na compra de direitos da Copa Libertadores. O esquema envolve a Conmebol e a empresa de fachada holandesa T&TSM.
O periódico argentino “La Nación” também destacou o assunto. “A T&T negociou acordos milionários com o canal brasileiro TV Globo, com depósitos feitos no ING Bank, em Amsterdã”, diz o jornal. O período dos contratos começa em 2004 e se estende até 2019.
A Globo emitiu uma nota se dizendo “prejudicada ” pelas irrugularidades. E não está deixando de cobrir o caso. Olha a incrível manchete que saiu no portal G1: “‘Panama’, do Van Halen, é três vezes mais buscada após ‘Panama papers'”!
Em outra ponta, na operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal na sede da Mossack Fonseca no Brasil, foram encontrados documentos de três offshores que seriam ligadas à Paula Marinho, filha de João Roberto Marinho (um dos donos da Globo). Será que por aqui os Panamá Papers cairão no esquecimento, tomando o mesmo caminho do escândalo envolvendo o HSBC e a Operação Zelotes?
Quem mente? – Patética a participação da jornalista Miriam Dutra no sempre excelente “Mariana Godoy Entrevista”, na Rede TV!. Entre outras coisas, a ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou não se lembrar de ter assinado contrato com a Brasif – empresa que FHC teria usado para enviar a ela dinheiro no Exterior, por meio de um contrato fictício de trabalho.
Curiosamente, a própria Miriam teria afirmado o oposto recentemente, à Folha de S.Paulo, inclusive entregando um documento provando o acordo.
“Não conheço, nunca tive contrato com outra empresa [além de Globo, onde trabalhou]. Se houve, eu sinceramente não me lembro. Eu não me recordo exatamente como as remessas eram feitas, minha única preocupação era que chegasse o dinheiro para pagar o colégio [dos filhos]”, comentou.
Então alguém mente nessa história. O jornal ou a jornalista?
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