A nova geração do atletismo em Santos está bem representada. Além do fundista Rodrigo Valério, bronze no Pan Juvenil do Canadá em 2015, o velocista Luca Santos (Unimes/Brasil FC/Fupes) também está colhendo ótimas marcas nas pistas. No último fim de semana, o corredor conquistou o segundo lugar na disputa dos 100m sub-20 na 2º etapa Campeonato Paulista de Atletismo em Campinas. Ele alcançou a marca de 10s49, mesma feita pelo primeiro colocado Rogério Novaes. A decisão foi feita por photo finish, recurso que reproduz a linha de chegada dos corredores. 

 

O resultado favorece Luca, que busca chegar ao índice de sua categoria para competir no Mundial de Bydgoszcz, na Polônia. Definido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), o atual índice juvenil nos 100m é de 10s41. “Essa foi a minha segunda competição no ano. Fiquei muito feliz pela marca, venho treinando bem”, diz o velocista, que tem até junho para conquistar a vaga para a competição.

 

Com apenas 18 anos, o currículo de Luca é digno de uma grande promessa do esporte. Conquistou um terceiro lugar nos Jogos Sul-Americanos de Bogotá em 2011 com apenas 13 anos e, no ano seguinte, venceu a edição de Natal, no Rio Grande do Norte. Em 2013, foi recordista brasileiro mirim e, atualmente, é o segundo colocado no Ranking Brasileiro Juvenil de sua categoria. Além dos feitos, o atleta ainda tem a chance de conseguir o índice para as Olimpíadas do Rio – ainda que não seja a prioridade do velocista no momento.

 

“Minha prioridade ainda não são as Olimpíadas, mesmo porque sou novo, quero ganhar mais experiência. Mas Olimpíadas são Olimpíadas. Quem não quer a classificação?”. Para os Jogos do Rio 2016, Luca precisa alcançar a marca de 10s19. “Dependendo do que conseguir, posso ser convocado para participar na categoria de revezamento”, explica.

 

Junto aos treinos, Luca também se dedica aos estudos. Cursando o 1º semestre de Educação Física na FEFIS/Unimes, o atleta já traça planos com um diploma de ensino superior. “Como a carreira de atleta é curta, a gente precisa ter um estudo a mais. Amo o atletismo e quero seguir esse mesmo caminho, penso em ser técnico e passar minha experiência para as próximas gerações” completa o velocista, que é fã de Usain Bolt.