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Não dá mais

19/03/2016 Da Redação
Não dá mais | Jornal da Orla
Os fatos ocorridos durante a semana tornaram insustentável a situação da presidente Dilma Rousseff (PT). Se havia alguma dúvida se de fato a chefe do governo teria infringido a Constituição, sendo passível, portanto, de processo de impeachment, agora não há mais. Desde a delação homologada de seu ex- líder no Senado, Delcídio do Amaral, passando pelas trapalhadas do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e, por fim, pelas gravações telefônicas de Lula e Dilma, autorizadas pela Justiça, as suspeitas sobre a presidente representam a pá de cal no seu governo.
 
Ficou claro que a presidente tentou obstruir a Justiça, impedindo a eventual prisão de Lula e também a tentativa de barrar a delação premiada de Delcídio, por intermédio do ministro da Educação. Some-se a tudo isso, ainda, a informação fornecida por um grande empreiteiro, de que dinheiro ilegal abasteceu a campanha de Dilma nas últimas eleições. Falta mais o quê?
 
Até o PMDB, um partido oportunista, que adora usufruir das benesses do poder, está abandonando o barco. O menos doloroso para o país será a renúncia da presidente, um gesto de grandeza que dificilmente ocorrerá. Resta o impeachment, que a essa altura dos acontecimentos parece inevitável, principalmente depois dos insultos do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), ao Parlamento e à imprensa. Na intimidade, Lula apenas demonstrou seu desprezo pelas instituições. O rei está nu.
 
Que fique claro que incompetência – e isso o governo Dilma tem de sobra – não é motivo para impeachment. Esse problema se resolve nas urnas e o voto popular existe para isso. O eventual afastamento se dará pela prática delituosa, por crimes comuns que podem levar os responsáveis para a cadeia. Do Palácio para a Papuda é uma hipótese que não pode ser descartada nos dias atuais.
 
O risco que o país corre hoje não é apenas o do agravamento da crise econômica e política – já sem precedentes, mas o de uma convulsão social, de conseqüências imprevisíveis. Os 13 anos do Lulopetismo já deixaram claro para os cidadãos bem informados que os atuais ocupantes do Palácio do Planalto não têm compromissos com a Nação. Seus objetivos são permanecer no poder  e  salvar a própria pele. A qualquer custo. Como dizem alguns aloprados , eles estão prontos “para a guerra”. Que se dane o País!