
O acirramento cada vez maior dos ânimos no debate político tem encontrado na grande mídia um elemento importante. Usa-se – ou manipula-se – a notícia como combustível para que o circo pegue ainda mais fogo e o clima de “fla-flu” se intensifique. Chegamos a um ponto em que parece não haver meio-termo: ou você é um coxinha ou um petralha.
Não caberia a mídia o papel de estimular o debate de forma mais responsável e civilizada? Pois foi exatamente isso que a Fundação Cásper Líbero e a TV Gazeta de São Paulo fizeram semana passada: uma campanha com a proposta de que é possível praticar democracia e emitir opiniões respeitando o próximo, sem agressões mútuas.
Durante a programação da sexta-feira (dia 11), todas a atrações do canal abordaram o tema, em especial o “Todo Seu”, de Ronnie Von, o “Mulheres”, de Cátia Fonseca e o “Jornal da Gazeta”.
“Acreditamos que é possível praticar democracia respeitando o próximo. Por isso, fica aqui um pedido: se você for expressar a sua opinião, não provoque e nem aceite provocações. Não precisamos incitar a violência para gritar por justiça. A força está em nossa voz e, principalmente, em nosso voto”, diz uma nota divulgada pela emissora.
Falando no bom “Jornal da Gazeta”, aliás, vale a pena destacar os comentários sempre lúcidos e esclarecedores de Bob Fernandes. Pena que o alcance da TV Gazeta seja muito restrito.
Manifestações – Durante a cobertura dos protestos ocorridos no domingo, mais uma vez a Rede TV! se destacou, especialmente no período pós-manifestações, ouvindo analistas e políticos pró e contra o governo.
Enquanto isso a Rede Globo vem pagando sucessivos micos em rede nacional com populares aparecendo de supresa com cartazes criticando a emissora – que considera tal atitude “agressão à liberdade de imprensa”. É a conta do proselitismo.
“Tendenciosa” – E olha o que uma das estrelas da casa escreveu em seu twitter! Com a palavra, Mônica Iozzi:
“Meu Deus!!! Que momento triste vivemos. Como estamos equivocados, cegos. Somos um povo que se informa apenas por manchetes do JN… Não aprovo governo, não aprovo oposição. Acho a mídia tendenciosa. Não me sinto bem informada, nem representada por ninguém”.
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