As manifestações programadas para este domingo (13) em todo o país podem ser decisivas para definir o futuro da presidente Dilma Rousseff (PT). Fatos novos, sempre desfavoráveis ao governo, acontecem em uma velocidade impressionante. Em Brasília, muitos políticos de peso já dizem abertamente que a questão não é saber se Dilma vai cair ou não, mas quando ela será afastada da Presidência. A renúncia da presidente, que poderia ser uma alternativa para abreviar a crise, é descartada por ministros próximos a ela.
O cerco ao ex-presidente Lula, acusado de enriquecimento ilícito e de promiscuidade com empreiteiras pegas na roubalheira da Petrobras, e as informações mais recentes de que executivos das construtoras Andrade Gutierrez e OAS vão confessar o financiamento ilegal das campanhas presidenciais de Dilma e Lula elevaram o nível da temperatura política. Tem ainda a delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, acusando Lula de tentar obstruir a Justiça ao mandar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, um dos corruptos da Lava Jato.
Some-se a isso tudo um governo incompetente, que jogou o país na mais grave crise econômica e política de sua história e que sequer consegue nomear um ministro da Justiça sem levar cartão vermelho do STF (Supremo Tribunal Federal). A coisa está feia.
O país ladeira abaixo
A crise é grave, mas tão grave quanto a própria crise é a falta de alternativas. Se Dilma cair, como acreditam muitos analistas, que forças políticas assumirão o governo e com quais propostas?
Vale destacar, ainda, que as delações premiadas dos chefões das empreiteiras devem implicar nada menos do que 45 parlamentares, entre deputados e senadores. Seriam políticos da situação e da oposição que fariam parte da quadrilha que assaltou o Brasil. É muito ladrão para um país só. E agora, José?
Com o PIB em queda livre, inflação acima da meta, gente perdendo o emprego à baciada, estados e municípios falidos, a exemplo do governo federal, e uma presidente sem credibilidade, o futuro do Brasil parece cada dia mais assustador.
Na hipótese da queda de Dilma, o novo governo terá de adotar medidas ainda mais amargas, como mudança na Previdência, corte de privilégios e mais e mais impostos. Um verdadeiro inferno.
A conta do populismo chegou
O fato é que os 13 anos de populismo petista arruinaram o país, tanto no aspecto financeiro como moral. A reconstrução será dolorosa. Resta saber se haverá lideres capazes de iniciar a recuperação do país. Do Congresso atual, pouco se pode esperar. É tão ruim quando o governo Dilma. Para piorar, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), também são acusados de envolvimento na Lava Jato…
Vivendo um pesadelo que parece não ter fim, milhares de brasileiros bem intencionados vão às ruas neste domingo clamar por mudança. Se elas vão de fato ocorrer, ou se tudo será inútil (e que venha então o dilúvio), só o tempo dirá.
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