A finalidade das divisões de base de um clube de futebol é a formação de jogadores, não a conquista de títulos. Ninguém questiona esse ponto. Os títulos, entretanto, servem como referência. Mostram o estágio daquela safra de jogadores do clube em relação aos rivais.
O Santos tem tradição muito forte na revelação de jogadores. Grandes craques da história do futebol brasileiro foram formados na Vila Belmiro.
O clube teve um período dourado na gestão anterior. Conquistou o bicampeonato da Copa São Paulo e um título inédito da Copa do Brasil sub-20 em 2013 e 2014. E colocou vários garotos no time principal. Dorival Junior pode escalar uma defesa completa e mais o volante só com atletas formados no clube: Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique, Zeca e Tiago Maia. Com o artilheiro Gabriel, dá mais de meio time.
Na passagem para a gestão atual, de Modesto Roma, os resultados no sub-20 foram ruins. No ano passado o Santos mandou mal na Copinha e na Copa do Brasil. Neste ano também não brilhou na Copa São Paulo, eliminado pelo Ceará na segunda fase.
Os jogadores que estão no sub-20 vêm da gestão anterior. Se o trabalho era bom, porque essa queda que preocupa o torcedor?
O sub-17, que subiu no ano passado para o sub-20, conquistou o Campeonato Paulista em 2014. O time era bom. A transição, entretanto, não funcionou.
A cúpula da base foi toda mudada. Saiu Hugo Machado, o gerente, que tinha trazido métodos de treinamento adotados nas escolinhas alemãs, como o aprimoramento de fundamentos deficientes. Saiu Joãozinho, o supervisor da base, um funcionário admirado e muito importante na transição do atleta da base para o time profissional, momento-chave da carreira.
O sucesso não é alcançado por acaso. A parte de contratos dos atletas da base foi aprimorada na gestão anterior pelo advogado Cristiano Caus. O convênio com o Barcelona estava começando a funcionar.
Uma boa parte desse trabalho se perdeu com as mudanças. E o Santos perdeu o trio de maiores promessas daquele sub-17 Diogo Vítor se afastou do clube e não disputou a Copa SP, Caio Henrique acaba de se transferir para o Atletico de Madrid e Claudinho foi para o rival Corinthians.
É difícil manter uma promessa no clube? É. Mas vale a pena. Está aí Gabriel, o Gabigol, que sofreu assédio intenso do São Paulo, aos 15 anos e 16 anos. A gestão anterior fez um esforço enorme para manter o jogador. Ele ficou e hoje está brilhando no time titular e cotado como o mais valorizado dos jogadores em atividade no Brasil.
Gigante
A primeira etapa do BSOP, o Campeonato Brasileiro de Poker, realizada em São Paulo, consagrou um dos melhores jogadores do país. O catarinense Kelvin Kerber, destaque também no poker on line, superou 1.300 jogadores e faturou o prêmio de R$ 513.500.
Esporte Interativo
O Peixe, e mais quatro clubes concluíram negociação com a empresa de Turner para transmissão em canal fechado do Brasileirão a partir de 2019. Coritiba, Atlético PR, Bahia e Inter estão juntos. A proposta de R$ 550 milhões para dividir entre os clubes é 9 vezes maior do que a do SporTV, de R$ 60 milhões.
Rodada
O Santos, depois da boa vitória fora de casa na quarta contra a Ponte, faz na manhã deste sábado na Vila, o único jogo da terceira rodada neste final de semana. O Peixe encara o Ituano às 11h, na Vila Belmiro.
Trio de Ferro
O Palmeiras, que derrapou contra o São Bento no Pacaembu, empate em 2 a 2, joga fora de casa na quarta contra o Oeste às 21h45. O Corinthians, que venceu o Audax por 1 a zero, recebe o Capivariano na quinta às 21h00. E o São Paulo, envolvido com a pré-Libertadores, empatou o jogo de ida contra o Cesar Vallejo por 1 a 1 no Peru, só vai fazer o jogo dessa rodada , contra o Mogi, no começo de março.