A terceira temporada do “Tá no Ar: a TV na TV” começou mostrando de cara porque trata-se do melhor programa humorístico entre os canais abertos. Marcelo Adnet e cia. continuam afiados, sem poupar ninguém – incluindo a própria Rede Globo.
Alguns momentos do primeiro programa foram impagáveis, como o “Quarteto Fanático”, “O Livro do Bebê dos Outros”, o “Musical da Vida Corrompida” (um tapa na cara) e o “Te Prendi na TV”. Este último satirizou o telebarraco “Você na TV”, do João Kléber, e mereceu elogios do mesmo em uma rede social. Demonstrando espírito esportivo, o apresentador considerou a paródia uma “homenagem” e a considerou “maravilhosa”. Convenhamos, rir de si próprio é uma grande virtude.
Infelizmente, há um problema envolvendo o humorístico: temos de esperar o insuportável “Big Brother Brasil” terminar pra assisti-lo, pois não dá pra confiar no horário marcado pela Globo (23h15).
Como as temporadas do “Tá no Ar” são curtas – serão 12 episódios este ano, um pouco mais que as anteriores – o negócio é fazer este pequeno sacrifício e aproveitar.
Despedida – Nunca fui fã da série “Pé na Cova”, mas a derradeira temporada que estreou quinta-feira passada na Globo merece uma conferida pra que possamos admirar o último trabalho na telinha de uma das maiores atrizes surgidas neste país: Marília Pêra.
O autor e ator Miguel Falabella revelou que escreveu os capítulos finais conferindo o protagonismo à personagem Darnele, vivida por Marília. “De certa forma, sabia que seriam seus últimos momentos e escrevi muito para ela”, disse.
Gosto apurado – Não tenho visto o “The Voice Kids” com frequência, mas o que eu conferi até agora me deixou impressionado especialmente por um motivo: o repertório escolhido pela garotada.
Considerando os funks e sertanejos universitários que bombardeiam impiedosamente nossos ouvidos hoje em dia, surpreende ver os cantores mirins enveredarem por outros caminhos, numa fuga do óbvio. Suas escolhas, inclusive, são mais rebuscadas que as dos candidatos da versão adulta do programa musical.
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