Enoleitores,
Semana passada, escrevi sobre os vinhos verdes, o que me motivou a explicar um pouco melhor sobre os diferentes grupos dos vinhos brancos. Por isso, vamos considerar três principais: os brancos leves e ácidos, os encorpados e envelhecidos em madeira e os muito aromáticos. Assim, fica mais fácil para escolher e harmonizar à gastronomia, propiciando ainda mais satisfação à ocasião.
Vamos focar nos brancos leves e ácidos, que se caracterizam pela sua acidez presente, passando a sensação de frescor. Possuem aromas e sabores levemente frutados – em alguns, há toques minerais. O teor alcoólico costuma ser por volta dos 12 g/a. Na sua maioria, são vinhos amadurecidos em barris de aço inox (os chamados vinhos jovens), para serem logo levados ao mercado e consumidos.
Quando falo deste grupo, refiro-me aos que trazem uma coloração amarelo-clara e aromas que lembram frutas brancas ou cítricas, toque de ervas, algo de floral. A cada casta, vão se somando fatores que expressam sua personalidade. Por exemplo: o sauvignon blanc lembra as frutas mais cítricas, muitos remetem ao maracujá, relva e, às vezes, ervas frescas como hortelã e tomilho. Já o riesling traz as nuances florais junto às frutas brancas, às vezes, petróleo ou gás. O alvarinho remete ao mineral, entre outros. Mas todos eles, na boca, transmitem frescor e vivacidade, tornando-os uma boa escolha para as festas ao ar livre, acompanhar um buffet de saladas, para entradas e pratos variados, como peixes, frutos do mar, aves e carnes brancas.
Dentro destes grupos, incluo os vinhos verdes portugueses, os Rias Baixas (Galícia), os Muscadet, Sancerre e Anjou (Loire), Entre-Deux-Mers (Bordeaux), Marlborough (Austrália), Alsace (França) e Mosel (Alemanha). Aproveitem que esta é a melhor estação para nos refrescarmos curtindo estas opções!
Enoabraços e uma ótima semana a todos!