Durante o café da manhã com jornalistas, quinta-feira (7), em Brasília, a presidente Dilma Rousseff apresentou uma proposta sensata, coisa rara em seu governo: a elevação da idade para a aposentadoria, sem perda dos benefícios já concedidos. A ideia, consenso entre economistas e setores produtivos, recebeu forte reação contrária dos chamados movimentos sociais e da esquerda – os mesmos que consideram ser possível produzir riqueza sem trabalho.
O Brasil é um dos poucos países do mundo em que pessoas se aposentam com menos de 55 anos, fora as bandalheiras frequentes que ocorrem no sistema. Isso torna o Brasil inviável, porque com o aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população, o rombo da Previdência explodirá, acarretando sua inevitável falência.
Pois é esse sistema equivocado, a roubalheira desenfreada e os privilégios concedidos aos políticos e ao Poder Judiciário que fazem com que os aposentados brasileiros recebam proventos miseráveis ou indignos. Tem sido assim ao longo dos tempos e vai piorar, como diz a Lei de Murphy.
É preciso evitar uma tragédia anunciada com uma medida dura, porém necessária, para garantir que os trabalhadores de hoje possam usufruir de sua aposentadoria no futuro. Como fazer isso em um governo que só tem apoio de setores populistas é o grande X da questão. Afinal, o Brasil quebrou por medidas populistas e pelo megalomanismo do senhor Lula da Silva, que torrou bilhões de reais em obras faraônicas da Copa do Mundo e Olimpíadas, em empréstimos bilionários para ditaduras de todo o mundo e fez a farra de construtoras. A conta chegou.
O fato é que os governos petistas agiram como um Midas ao contrário. Na quinta-feira, Dilma fez um mea culpa, e apresentou uma ideia positiva, na questão da Previdência. A pergunta é se a presidente terá força política para convencer os radicais de seu partido de que a reforma da Previdência é fundamental para o futuro do Brasil. Aguardemos.
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