
Quando a última edição ao vivo do “CQC” foi ao ar, em 21 de dezembro, eu já havia escrito a última coluna de 2015. Sendo assim, não pude comentá-lo, ainda que no derradeiro texto do ano eu tenha destacado o fim do programa. Antes tarde do que nunca: a despedida honrou sua tradição.
Acima de tudo, o “CQC” fará falta por suas denúncias. A reportagem de Juliano Dip sobre a mineradora Kinross e os milhares de casos de câncer provocados pela liberação excessiva de arsênico na cidade mineira de Paracatu, fruto da exploração de ouro, é um exemplo perfeito disso.
Outro: o “Proteste Já” com Erick Krominski na prefeitura de Paraty para investigar as vergonhosas condições do transporte público no município – recentemente um acidente causou a morte de 16 pessoas. O repórter e equipe foram tratados, literalmente, na base da porrada.
O “CQC” era o única atração da tevê aberta com este tipo de postura, denunciando escândalos não só oriundos do poder público, mas também de gigantes da iniciativa privada. Dava voz aos desemparados num país onde a aplicação de leis e punições é seletiva. Definitivamente, o programa fará muita falta.
De doer
Em contrapartida, porcarias a rodo seguem no ar. Como o global “Caldeirão do Huck”, que iniciou 2016 com uma parada de sucessos das dez músicas mais tocadas no Brasil em 2015. A seleção trouxe Henrique & Diego com MC Guimé, Marcos & Belutti com Wesley Safadão, Anitta, Ludmilla & Belo, Luan Santana, Nego do Borel , Bruno & Marrone, Thiaguinho, Pablo e Lucas Lucco. Claro que não assisti, pois meu ouvido não é penico – vi a lista na internet.
Em contrapartida, porcarias a rodo seguem no ar. Como o global “Caldeirão do Huck”, que iniciou 2016 com uma parada de sucessos das dez músicas mais tocadas no Brasil em 2015. A seleção trouxe Henrique & Diego com MC Guimé, Marcos & Belutti com Wesley Safadão, Anitta, Ludmilla & Belo, Luan Santana, Nego do Borel , Bruno & Marrone, Thiaguinho, Pablo e Lucas Lucco. Claro que não assisti, pois meu ouvido não é penico – vi a lista na internet.
A título de curiosidade, pesquisei na rede quais foram as dez canções nacionais mais executadas 30 anos atrás. O time incluía Roupa Nova, Gal Costa & Tim Maia, RPM, Ivan Lins, Cazuza, Legião Urbana, Tunai, Ultraje a Rigor, Tetê Espíndola e Leila Pinheiro.
Não curto muito conversas do tipo “no meu tempo tal coisa era melhor”. Mas às vezes temos de dar razão aos saudosistas…
Um mapa, por favor!
A virada de ano em alguns telejornais foi marcada por erros crassos de geografia. Durante a previsão do tempo no “SBT Brasil”, Analice Nicolau (foto) criou a 28ª unidade federativa do país: o Mato Grosso do Norte!
Já no “Jornal Hoje” da Globo, um repórter fez uma entrada ao vivo da capital do Acre, apresentada nos caracteres como Boa Vista… Ok, então Rio Branco fica onde? Em Roraima?
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