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Morrendo de calor

02/01/2016Da Redação
Morrendo de calor | Jornal da Orla
A expressão muito comum nesta época de altas temperaturas não é apenas fruto da imaginação. “Estudos mostram que, durante as ondas de calor, há um aumento da mortalidade, sobretudo de idosos e bebês, que têm menos capacidade de adaptação e, muitas vezes, dependem dos cuidados alheios para se proteger”, explica o professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP. 

Quando está quente, suamos como uma forma de regular a temperatura do corpo, mas alguns idosos (por conta de outras condições comuns à idade avançada, que danificam mecanismos de controle do corpo) podem perder uma quantidade significativa de água sem sentir sede. Quando perdemos muita água e não repomos líquido, junto com a desidratação podem surgir também outros problemas.

Segundo o climatologista Carlos Nobre, o pico de temperatura elevada, mesmo que acima dos 40ºC, não é o grande problema. O risco é quando, ao longo de pelo menos três dias consecutivos, a temperatura máxima passa dos 36ºC e a mínima não cai abaixo de 21ºC. “Quando isso ocorre, o corpo não consegue se resfriar de forma apropriada, o que pode levar a paradas cardíacas e derrames”. A forma de prevenir tais problemas é se manter sempre hidratado e refrescado – por meio de ar-condicionado, ventilador, banho frio.