TV em Transe

O fim do CQC

24/12/2015 Christian Moreno
O fim do CQC | Jornal da Orla
Definindo sua grade para 2016, a direção da Band resolveu colocar um ponto final no “Custe o que Custar”. Um dos melhores programas da tevê aberta teve sua última edição ao vivo exibida esta semana.

Após oito anos no ar, é natural haver um desgaste. A emissora promoveu uma grande reformulação para 2015, mas a resposta da audiência não foi a esperada. Na minha opinião, mais por culpa da própria Band.

O trabalho de Dan Stulbach como apresentador cresceu durante o ano e a equipe de jornalistas trouxe grandes reportagens, em especial o excelente Juliano Dip. Enquanto isso, Mauricio Meirelles garantia as matérias mais bem humoradas.

Então, o que deu errado? A Band poderia ter trazido Rafinha Bastos de volta à bancada e deixado o Rafael Cortez como repórter. Porém preferiu apostar nele comandando o “Agora é tarde” para tirá-lo do ar logo depois.

Inventaram um tal de “CQC 2.0” para ser mostrado antes do programa. Chatíssimo, com vídeos de internet, youtubers e uma enrolação danada empurrando o início do “CQC” para depois das 23h. Algo que só deve ter servido para afastar o público. Por que não iniciar de uma vez às 22h30?

Em todo caso, a Band sinaliza com a possibilidade de remodelar novamente a atração para trazê-la de volta em 2017. Pois que tenha aprendido com os erros! 
 
Arquivo pessoal/Victor Darmo
 
Chance rara – O publicitário e escritor santista Victor Darmo acaba de finalizar o Master Class – um disputado curso para novos dramaturgos ministrado pelo autor Aguinaldo Silva. O eixo principal da atividade foi a elaboração da sinopse de uma das próximas novelas das 21h da Rede Globo.  

“Foi um divisor de águas… O que vivemos lá foi um grande brainstorm, 26 cabeças ligadas no 220 trazendo toda sua vivência e conhecimento para juntos criarmos a nossa história. E unir toda essa criatividade, vinda de pessoas das mais diversas idades, formações e regiões do Brasil, foi a missão do Aguinaldo. Que lapidou as ideias com maestria, deu seu toque inconfundível de magia e trançou a história que temos hoje: uma sinopse de quase 80 páginas, com 52 personagens e tramas dignas do bom e velho novelão que o brasileiro tanto adora”, conta Darmo. “Saio da Master mais maduro enquanto profissional e com as forças recarregadas para ir atrás de novos projetos. E novos convites já estão pintando”. Boa sorte a ele, que pode seguir a tradição santista de revelar grandes nomes para a dramaturgia nacional: Plínio Marcos, Sérgio Mamberti, Ney Latorraca, Nuno Leal Maia, Bete Mendes, Oscar Magrini, Alexandre Borges, José Roberto Torero…