Dengue, Chikungunya e Zika são doenças virais transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado. O mosquito, ao sugar o sangue de uma pessoa contaminada por um desses vírus, irá mantê-lo em seu organismo. Na próxima picada, inocula o vírus em outra pessoa, a qual irá desenvolver a doença, sendo agente de sua propagação. Eliminar o mosquito seria o ideal, mas é impossível porque o inseto é bastante adaptado ao ambiente urbano e aos humanos. Todos os esforços devem ser realizados na redução dos criadouros.

Enquanto não há vacinas para essas doenças, deve-se evitar em ser picado. É um mosquito que pica, preferencialmente, pela manhã ou à tarde, mas também pode fazê-lo a qualquer hora, inclusive à noite. O uso de roupas longas e de repelentes é uma estratégia importante. Os mosquitos fêmeas precisam de sangue para desenvolver os seus ovos. Escolhem sua vítima pela visão, calor e, principalmente, pelo odor. Se há um cheiro que atrai, há os que repelem.

Os produtos à base de DEET são os mais eficazes. Concentrações superiores à 20% garantem mais de 10 horas de repelência, desde de que não associados ao suor ou banhos. Porém, esses produtos não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Em crianças entre dois e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. 

No Brasil, a Anvisa também autoriza a comercialização de repelentes a base Icaridina ou Picaridina e EBAAP ou IR 3535. No Canadá, os produtos à base de icaridina são considerados de primeira escolha, devido a melhor relação entre o risco e o benefício. A escolha se dá por serem tão eficazes quanto os a base de DEET, além de serem mais seguros. De todos, o IR 3535 é menos eficaz como repelente, exigindo reaplicação a cada duas horas.

Uma quarta substância autorizada no Brasil é o derivado de citronela, que possui boa repelência, porém decai a cada hora, exigindo reposição constante. Além disso, há de se considerar que algumas pessoas apresentam hipersensibilidade ao óleo de citronela, devendo, nesse caso, ser interrompido o uso.

A Anvisa lançou, recentemente, uma nota técnica afirmando que os repelentes comercialmente autorizados por ela são seguros para serem usados pelas grávidas, obedecendo-se a maneira correta de aplicação.

 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.