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Babi, diva, Mendes

12/12/2015Da Redação
Babi, diva, Mendes | Jornal da Orla
Ela é considerada a diva do Jazz brasileiro. Dona de uma voz potente e aveludada, a santista Babi Mendes encanta os amantes da boa música por onde passa. Neste sábado (12), ela se reúne com a flautista Débora Gozzoli e o violonista Marcos Canduta, do Choro de Bolso, para show no Sesc Santos. Em entrevista ao Jornal da Orla ela conta como será esse encontro e os desafios de viver de música no Brasil.
 
Jazz com choro dá uma mistura interessante. Como se deu o encontro com Debora e Canduta?
Babi – Muito! Canduta foi meu professor de violão quando eu tinha uns 14 anos! E desde que comecei a cantar profissionalmente, ele e a Débora sempre foram grandes parceiros musicais. Recentemente fizemos um tributo ao Clube da Esquina e há anos fazemos um show lindo chamado Natal Brasileiro. Quando surgiu o convite pra este show no Sesc Santos, fiquei muito feliz e disse sim na hora.  Fazer música com eles sempre me dá a oportunidade de pesquisar e estudar canções novas que não fazem parte do meu repertório de sempre, fora a lindeza que é o som… Adoro!
 
Você já foi apontada com a “musa do Jazz brasileiro”. Quem te influenciou para o Jazz e qual a experiência mais marcante na sua carreira?
Babi – Eu descobri o Jazz sozinha. Na verdade, fui bem influenciada pelo que meu pai ouvia em casa… Principalmente os crooners: Frank Sinatra, Tony Bennett etc. Mas dali comecei a minha pesquisa pessoal e só queria ouvir Jazz. Comecei a ouvir as grandes cantoras do gênero, como a Ella Fitzgerald,  Billie Holiday e Sarah Vaughan e depois descobri os instrumentistas. Tive sorte de fazer muita coisa legal desde que comecei a carreira… Foram muitos os momentos marcantes. Mas destaco o lançamento do disco no Japão em 2012; ter cantado no Smalls em  Nova York – um dos templos sagrados do Jazz e, mais recentemente, o convite de cantar com a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos no Teatro Coliseu. Aquilo foi muito especial.
 
Você é formada em Letras e em Jornalismo. Como decidiu viver de música?
Babi – Na verdade, canto profissionalmente desde 2006. Só lancei meu primeiro disco em 2011. Este período foi a transição. Sempre trabalhei com idiomas. Coisa que ainda faço! Mas a escrita ainda se faz presente quando componho as letras para as minhas canções originais. 
 
E quais são os desafios para os artistas iniciantes atualmente?
Babi – Acho que o mais desafiador é entender o mercado da música no Brasil e onde o seu projeto se insere. Depois que se entende o funcionamento das coisas,  tudo fica mais fácil. É sim possível ser um artista independente no Brasil,  o que não quer dizer que seja fácil.  Mas,  como diria Ella Fitzgerald,  ‘quando há amor e inspiração, nada pode dar errado’. 
 
Para o show com o Choro de Bolso, qual o repertório?
Babi – Vai ser, sem dúvida, um show muito especial. Dia 13 é meu aniversário e ganhei do Choro de Bolso uma mistura de tudo o que gosto… O Choro vai apresentar um pouco do repertório deles e depois vamos juntos fazer clássicos do jazz,  bossa nova, uma canção minha e algumas surpresas… Temos a participação mais do que especial do Edinho Schmidt no pandeiro e do Germano Blume no clarinete. O show vai ser lindo! Gostaria também de deixar um convite para os leitores do Jornal da Orla: ao cadastrar um email na Newsletter do meu site www.babimendes.com.br, vamos dar uma faixa exclusiva neste Natal. Conteúdo exclusivo e gratuito para assinantes do site. Também mantenho um blog lá chamado Swingin Tunes. Espero que gostem! 
 
Serviço: Choro de Bolso e Babi Mendes: Sábado (12), às 18h, na Comedoria do Sesc Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida). Entrada franca.