O desfecho desse drama surreal que vive o país será político, até porque existem argumentos dos dois lados, dos que defendem o impedimento da presidente e dos que consideram não haver base legal sequer para abertura do processo.
O governo Dilma Rousseff tem sido uma tragédia, em todos os sentidos. Quebrou o país, promoveu a volta da inflação acelerada e produziu, por ação ou omissão, os maiores casos de escândalo de corrupção da história não apenas do Brasil, mas do planeta. Não por acaso, grandes lideranças do Partido dos Trabalhadores estão na cadeia, inclusive o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, destituído do cargo após ser encarcerado.
Não bastasse toda onda de escândalos, a presidente a cada dia revela-se incapaz de oferecer uma saída para a crise em que ela mesmo jogou o país. Não pode nem sequer mais contar com a ajuda de seu criador, Lula da Silva, ele próprio e seus filhos, acuados por denúncias de enriquecimento a partir da chegada ao poder. Como bem disse a ministra do STF, Carmem Lúcia, o cinismo venceu a esperança.
Pelo menos seis delatores da Lava Jato já declararam que o dinheiro sujo da Petrobras abasteceu a campanha de Dilma pela reeleição e, também, a de Lula na conquista do segundo mandato. Se comprovadas as denúncias, o próprio vice, Michel Temer, que assumiria o cargo em um eventual impedimento da titular, estará sob risco.
Enfim, a crise política agrava a econômica e os brasileiros, atônitos, assistem a uma lamentável troca de acusações entre a presidente da República e o presidente da Câmara sobre quem mente mais. No caso, ambos parecem ter razão. É preciso dar um basta a isto, e rápido!
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