A derrota faz parte. No futebol, até mais que em outros esportes. Talvez justamente por isso o jogo esteja no topo da preferencia do público. No futebol, nem sempre o mais forte, mais rico, mais preparado e mais poderoso sai vitorioso.
Assim, a derrota do Peixe para o Palmeiras na final da Copa do Brasil fica totalmente dentro dos parâmetros da normalidade. Lógico que a cornetagem, desde a madrugada de quinta-feira, está ligada nos 220 volts. Corneteiros apontam dúzias de decisões equivocadas que contribuíram para a derrota. Em algumas dessas reclamações, com justíssima razão.
Adiar os dois jogos da final quando o time estava voando é uma delas. Maltratar o gramado da Vila com zilhões de jogos, outra. Criar clima de rivalidade com declarações provocativas, uma terceira. Em relação à especulação sobre a vinda de jogadores, como Ganso, para o ano que vem, li um texto de um grupo de torcedores esclarecidos que fala em ambiente “despedaçado”.
Uma coleção de erros. Mas tem uma decisão que machuca o coração do torcedor santista mais que todas essas barbeiragens somadas: a de abandonar a luta pelo G4 e pela vaga na Libertadores. Depois da vitória sobre o Palmeiras pelo Brasileiro, o Santos passou a ter, nas cinco últimas rodadas, todas as condições de conquistar a participação no torneio continental. Além da vantagem sobre Inter e São Paulo, o Peixe tinha a tabela mais favorável.
Mas não. Alguém optou por desistir da disputa pela quarta colocação. Os reservas entraram em campo contra Coritiba e Vasco. Duas derrotas. O empate contra o Flamengo na Vila também deixou uma sensação de o time ter entrado com pé frouxo.
Quem vai assumir a responsabilidade por essa decisão torta? De um lado, ela pode custar ao clube R$ 30, 40 milhões, ou até mais, na arrecadação em 2016. Premiação pela colocação, renda de jogos, contratos de patrocínio, exposição nos meios de comunicação… O prejuízo é incalculável. De outro, dificulta a manutenção de jogadores importantes no elenco para a próxima temporada. E, numa terceira frente, traz desânimo e depressão para o torcedor que vai ver dois ou três dos principais rivais na Libertadores e o Peixe de fora.
Quem assume? O presidente Modesto Roma? O superintendente Dagoberto? O treinador Dorival Junior? O elenco liderado por Ricardo Oliveira?
É evidente que uma decisão desse tipo tem de ser tomada pela direção do clube e comunicada de maneira competente e transparente ao elenco e ao treinador. Pelo presidente e pelo superintendente. E só poderia ser a decisão de força total na disputa pelo G4. Por maior que seja a limitação do elenco, por mais significativa que fosse a desvantagem física na final da Copa do Brasil, o torcedor entenderia e aceitaria. A desistência, essa nenhum alvinegro entende nem aceita.
Fica aqui de novo a pergunta: algum dos quatro responde pelo prejuízo e pela tristeza do torcedor? Ou será que também dessa vez vai ser divulgada uma nota da direção do clube atribuindo a responsabilidade ao ex-presidente Odílio Rodrigues?
Divulgação/Barcelona FC
Bendita cláusula
Neymar entre os três finalistas da Bola de Ouro significa o pagamento pelo Barcelona ao Santos de 2 milhões de euros. Mais de 8 milhões de reais !!! A não-realização do segundo amistoso entre os dois clubes, outros 4 milhões de euros. Numa época de crise e vacas magras, esse dinheiro cai do céu !!! O que os críticos e acusadores da negociação têm a dizer sobre isso?
Disparou
Com o título da Copa do Brasil, o Palmeiras aumentou a vantagem que tinha como o maior ganhador de campeonatos nacionais. Agora são oito Brasileiros Unificados e três Copas do Brasil, somando 11 no total. O Santos continua com nove conquistas, agora com a companhia do Corinthians, que igualou o número com o hexa brasileiro.
Adeus
O Santos já anunciou a primeira barca de jogadores que não continuam na Vila Belmiro. Quem puxa a fila é o atacante Nilson, que vai ficar marcado para sempre pelo gol perdido contra o Palmeiras. Werley, Marquinhos, Leandro, Valencia e Chiquinho também deram adeus. Outros jogadores ainda estão com situação indefinida.
Liberado
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa sancionou a lei que libera cerveja nos estádios de Santos. Assim, a Vila Belmiro já vai ter comercialização da bebida e também de choppe no jogo de amanhã contra o Atlético Paranaense. A proposta do vereador Cacá Teixeira (PSDB) prevê que a venda só pode ser feita antes, no intervalo e após os jogos.
Acabou
A derradeira rodada do Campeonato Brasileiro vai definir quem fica com a última vaga da Libertadores e quem segue para a segundona. Todos os jogos acontecem no domingo às 17h. O São Paulo visita o Goiás e precisa apenas de um empate para garantir a classificação. O rival do Tricolor é o Internacional, que joga contra o Cruzeiro, no Beira-Rio. Santos, Corinthians e Palmeiras cumprem tabela diante de Atlético Paranaense, Avaí e Flamengo. Na luta para se manter na Série A, o Vasco visita o Coritiba, e o Figueirense recebe o Fluminense, que sofre pressão da torcida para entregar o jogo e prejudicar o rival Vasco.
Histórico
O BSOP Millions (Brazilian Series of Poker) terminou nesta semana. O maior e principal torneio do país teve o jogador André “Coronel” batendo um field gigantesco de 3.457 jogadores. Com a conquista, ele embolsou R$ 1.034.500 da premiação. Quem também fez festa foi João Bauer. O goiano, um dos profissionais mais conhecido do Brasil, consagrou-se o grande campeão brasileiro de 2015, no ranking geral do ano, após todas as etapas realizadas.
F-1 sem ultrapassagens…
… é como futebol sem gols. Os responsáveis pelos Grandes Prêmios estão debruçados sobre os dados de perda de atratividade das corridas. O esporte perde espaço na Europa. O GP do Brasil pode ser cancelado em 2016 por causa do prejuízo deste ano. E a monotonia está na frente da falta de um ídolo nacional como Senna nos motivos pesquisados.