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Ruas vão decidir o futuro da presidente

05/12/2015Da Redação
Ruas vão decidir o futuro da presidente | Jornal da Orla
O destino da presidente Dilma Rousseff (PT) será decidido pelas ruas. A presidente mais impopular da história ainda tem alguma base no Congresso capaz de barrar o processo de impeachment, mas, dependendo do tamanho do barulho que os eleitores fizerem, essa base pode ruir. O fator decisivo é o de que o voto dos deputados, a favor ou contra o impeachment, é aberto, ou seja, o parlamentar será chamado e deverá dizer se aprova ou não o processo de impedimento da presidente.

Ao rei tudo, menos o pescoço, é uma frase histórica que ecoa em Brasília. Se o movimento pró-impeachment for gigantesco, como esperam as oposições, que parlamentar, salvo os mais leais do PT, terá coragem de votar a favor de Dilma? Foi assim com Collor, foi assim com o senador Delcídio do Amaral (PT), quando seus pares, inclusive os amigos, decidiram mantê-lo atrás das grades. Se o voto fosse secreto, certamente a decisão seria outra.

A força da caneta
Mas na hipótese contrária, de não haver grandes manifestações pela saída de Dilma, a presidente ganhará força e certamente conseguirá barrar o processo na Câmara Federal. Se ela conseguir 171 votos dos 513, o processo será arquivado. Afinal, mesmo impopular e incompetente no exercício do cargo, a presidente tem uma caneta muito forte: é a que nomeia apadrinhados de políticos para cargos cobiçados do governo federal.

Argumentos a favor e contra a deposição de Dilma existem em todos os setores da sociedade, inclusive entre renomados juristas do país. A questão é basicamente política. Enfim, a batalha que começou a ser travada na Câmara Federal não será decidida em Brasília, mas nas ruas das principais cidades do país. Está nas mãos dos eleitores, portanto, o destino da presidente.