O vírus HPV tem vários subtipos, alguns deles promovem as verrugas genitais com baixo risco de provocar câncer e outros com alta condição de provocar o problema. É considerado uma doença sexualmente transmitida e, portanto, a prevenção é a melhor estratégia. Além da vacinação prévia, assim como para outras DST, o uso de preservativos é a melhor indicação,
À parte das discussões religiosas, culturais e sociais, a vacinação de meninas antes da vida sexual ativa é estratégia de saúde pública muito importante. Estima-se que o Brasil tenha um gasto em torno de um milhão e meio de dólares ao ano devido ao câncer de colo de útero provocado pelo vírus. São mais de cinco mil mortes, com 15.500 casos novos todo novo ano.
Atualmente, o programa contra o HPV, promovido pelo Ministério da Saúde, pretende vacinar meninas a partir dos 9 anos. As campanhas anteriores suscitaram dúvidas, devido a eventuais reações adversas. A Agência Europeia de Medicamentos apresentou, em novembro de 2015, em estudo afirmando não haver evidências de que a vacina provoque reações adversas graves.
A síndrome de taquicardia postural ortostática (SPOT), uma dessas reações adversas, que provoca aumento da frequência cardíaca ao sentar-se ou quando em pé, resulta em tonturas, desmaios e fraqueza, bem como dores de cabeça, náuseas e fadiga. Em alguns doentes, pode afetar seriamente a qualidade de vida. A outra reação é uma dor crônica nos membros.
No mundo, há relatos de pouco mais de 150 casos ao ano para cada milhão de jovens vacinadas, isso para cada reação adversa. Com esses números, não é possível definir-se que a vacina seja a verdadeira causa do incidente, podendo estra relacionado a muitos outros fatores. Desse modo, a vacinação preventiva contra o HPV é uma prática a ser defendida, na perspectiva da saúde coletiva. Principalmente, ao se considerar que para o tratamento do câncer instalado as alternativas são a radioterapia e/ou cirurgia, dependente do grau do câncer.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
Deixe um comentário