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Parkinson

01/12/2015Da Redação
Parkinson | Jornal da Orla
Obviamente, não faz parte do filme de Volta para o Futuro II, a previsão de que um dos atores principais teria Doença de Parkinson, no futuro. Esta é uma doença presente em cerca de 1% da população acima de 65 anos e em 0,1%, considerando-se a população total. O indivíduo acometido perde o controle motor e apresenta quatro sinais principais, que aparecem associados ou não: tremores; lentidão e pobreza dos movimentos voluntários; rigidez e instabilidade postural com perda de equilíbrio; e quedas frequentes.

Parkinson surge pela deterioração de vias nervosas denominadas dopaminérgicas, por elas serem mediadas pela dopamina. Mas não é sabido qual a causa dessa perda. É uma doença progressiva com redução anual em torno de 10 % dos neurônios. Até o momento, não há nenhum medicamento que evite sua degradação. Alguns medicamentos, como vitamina E, podem retardar os sintomas, mas não impedem a progressão da doença.

Assim, os medicamentos visam apenas o controle, sem cura. A medicação usada em Parkinson procura aumentar o nível de dopamina ou diminuir a ação de duas outras substâncias: a acetilcolina e glutamina, que estariam aumentadas pela falta de controle dopaminérgico. O principal medicamento para o tratamento de Parkinson é a levodopa.

A medicação antiparkinsoniana apresenta boa ou excelente resposta no início da doença para quase todos os pacientes, mas o tratamento tende a progredir negativamente durante o curso da doença, com o aparecimento de complicações motoras. Na progressão da doença, o indivíduo acometido pode fazer uso de mais de cinco medicamentos. 

A levodopa traz bom controle da doença, mas o uso continuado por longo período, por mais de cinco anos, está associado à condição conhecida como “flutuações motoras”. Essa situação faz com que o tempo necessário para nova dose do medicamento fique cada vez menor, podendo chegar a um extremo de apenas meia hora. Passado esse mínimo tempo, o medicamento deixaria de funcionar. Quanto mais jovem for o usuário, maior a probabilidade de que ocorra a flutuação. Os laboratórios farmacêuticos produzem um medicamento com liberação prolongada, que mantem os níveis de levodopa mais constantes no sangue, ocorrendo menos flutuações.

Parkinson é uma doença que exige o seguimento correto dos horários no uso de medicamento para um bom controle dos sintomas. Por outro lado, o descontrole do parkinsonismo exige mudanças nos horários prescritos pelos médicos. Dados de pesquisa mostram que a depressão associada à doença diminui a adesão ao tratamento correto. Por isso é uma doença que necessita do apoio familiar e social. 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.