A temporada deste ano deixa claro, mais uma vez, que o Santos tem uma receita infalível para montar times de futebol vencedores dentro dos limites atuais do futebol brasileiro.
A receita tem quatro ingredientes:
1) O núcleo da equipe deve ter origem nas categorias de base. O time formado em casa tem alma. Mesmo num profissionalismo degradado e voltado para a exportação dos melhores jogadores, como o do mercado brasileiro atual, isso faz uma diferença muito grande. O jogador formado na base está buscando afirmação, tem a saúde da juventude e tem uma certa gratidão ao clube onde teve oportunidade. Zeca, Daniel Guedes, Gustavo Henrique, Paulo Ricardo, Tiago Maia, Serginho, Gabigol e Geuvânio, os que frequentaram mais a equipe titular neste ano, estão aí para confirmar a tese. Eles formam a base da equipe que disputou um ótimo segundo turno do Brasileiro e chegou à final da Copa do Brasil.
2) A presença de alguns veteranos para transmitir segurança e tranquilidade aos atletas mais jovens. Esses jogadores experientes devem ser lideranças positivas, exemplos de bom caráter e de dedicação à atividade de jogador profissional. Se forem identificados com a torcida, melhor ainda. Neste segundo semestre, o Santos foi muito feliz com a presença de Ricardo Oliveira e Renato no time, além do goleiro Vanderlei. A temporada do Santos só não foi melhor porque houve um período crítico em que o time perdeu essa referência. Foi quando Robinho saiu e Renato sofreu uma lesão. O Peixe andou pela zona do rebaixamento nessa fase.
3) O terceiro elemento é um treinador que tenha sintonia com o gosto pelo futebol ofensivo. O torcedor santista está acostumado com times que jogam tocando a bola em direção ao gol adversário. Xô retrancas e chuveirinhos !!! Dorival Junior dá certo aqui no Santos por isso. O treinador também teve habilidade para estimular a liderança de Ricardo Oliveira dentro de campo. Até a chegada de Dorival ele se limitava a cumprir – com brilho e eficiência, é verdade – a função de atacante.
4) E o quarto e último ingrediente é um olhar esperto para o mercado para trazer para a Vila jovens jogadores promissores. Nada de medalhões caros e que nem sempre se adaptam ao clube. Nesse ponto, um dos grandes acertos da gestão de Odílio Rodrigues foi a contratação do meia Lucas Lima, hoje considerado pelos analistas esportivos o melhor jogador em atividade no Brasil.
Adotar uma receita diferente dessa no futebol do Santos é flertar com o fracasso e correr um risco absolutamente desnecessário.
Brasileirão
A penúltima rodada do Brasileirão ainda traz algumas disputas interessantes para o G-4 e o Z-4. Na parte superior da tabela, o São Paulo recebe o desesperado Figueirense neste sábado, às 17h. O Tricolor também seca o Inter e o Peixe, que joga com o time reserva, num São Januário lotado, contra o embalado Vasco que luta com todas as forças para não cair. O jogo vai ser no domingo às 17h. No mesmo horário, o Timão visita o Sport para alcançar a melhor campanha da história dos pontos corridos. Às 18h, o Palmeiras, também com reservas, recebe o Coritiba, que pode se livrar da degola se vencer.
Estatística
O Santos venceu o jogo tenso contra o Palmeiras, na quarta-feira (25), e conseguiu a importante vantagem do empate para o jogo da volta. Em todas as edições da Copa do Brasil, o time visitante nunca venceu o jogo de ida. Foram 14 vitórias dos mandantes e 12 empates. Os mandantes que ganharam o primeiro jogo só ficaram sem o título em três oportunidades. Fluminense (1992), Cruzeiro (1998) e Corinthians (2008). Os campeões foram Inter, Palmeiras e Sport, respectivamente.
Histórico
Na quarta-feira (25), começou a última etapa do BSOP Millions, a última e especial etapa do Campeonato Brasileiro de Poker. Os melhores jogadores do país e muitos do mundo estarão presentes no hotel WTC Sheraton para a disputa dos 32 torneios da grade, que acontecem até o dia 3 de dezembro. Destaque para o Main Event, com promessa de superar 3.000 pessoas no field. A estimativa de prêmio para o campeão é de mais de R$ 1 milhão.
Recorde na NBA
O Golden State Warriors, atual campeão da NBA, continua dando indícios de que vai brigar forte pelo bicampeonato. Liderados pelo magistral Stephen Curry, o time quebrou a marca de melhor início de temporada da história. Nesta semana, o Golden State atropelou o Lakers e conseguiu a 16ª vitória em 16 jogos, superando a marca de 15 vitórias do Houston Rockets (1993/1994) e do Washington Capitols (1948/1949).
Dirigentes velhos, ideias velhas
Há dez anos, numa entrevista para a revista Autosport, o então diretor esportivo da equipe Ferrari na F-1, Jean Todt, reclamava da idade dos chefes de equipe. A média era de 59 anos, idade do próprio Todt. Ele dizia que nenhuma inovação surgia nas reuniões dos chefes de equipes. Dez anos depois, essa média caiu para 49 anos. E Todt não é mais dirigente de equipe. É presidente da Federação Internacional de Automobilismo.
