“Na história recente de nossa pátria houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois nos deparamos com a ação penal 470 (mensalão) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”.
A prisão de importantes autoridades, de grandes empresários e até de um banqueiro – considerado um dos homens mais ricos do país – indica que, pela primeira vez na história, a Justiça brasileira trata todos os cidadãos como manda a Constituição. Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei.
O Brasil não é mais o país da impunidade. Este parece ser o recado que faz políticos tremerem, como Renan Calheiros, Eduardo Cunha, e, quem sabe, Lula da Silva, entre outros.
Seria um equívoco e uma injustiça histórica não reconhecer que durante os oito anos do governo Lula da Silva o Brasil registrou grandes avanços, em especial na área social, com a redução da miséria. Mas os avanços, por maiores que sejam, não dão a um governo, qualquer governo, o direito de atropelar a Constituição e de colocar interesses partidários, e também pessoais, acima dos interesses da Nação. Este foi o grande equívoco do lulopetismo.
Lula e seus companheiros se consideravam acima da lei e merecedores de recompensas oferecidas a deuses do Olimpo. Deu no que deu: lama! Alguns deles já estão na Papuda. Outros, em breve, lá estarão. Se a ministra Carmem Lúcia estiver certa, e oxalá esteja, não passarão. Já é possível sonhar com um novo país.
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