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Crimes perdoados

14/11/2015Da Redação
Crimes perdoados | Jornal da Orla
Os parlamentares brasileiros deram mais um exemplo de que não estão nem aí para a opinião pública. Na verdade, a política virou um grande balcão de negócios, onde os espertos – e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é um exemplo – constroem um império à custa dos cidadãos de bem.

Numa democracia representativa, corrupção é crime e os responsáveis são punidos com pena de prisão. No Brasil, basta que os parlamentares contem que ganharam dinheiro do Papai Noel ou da fada do dente. Todos fingem que acreditam. Em suma, a classe política, com poucas exceções, não apenas saqueia o país, como rouba a esperança de toda a Nação.

Os espertalhões, perdão, os nobres deputados aprovaram agora um projeto de lei que cria um programa para a regularização de recursos de origem “lícita” (haja cinismo) mantidos por brasileiros no exterior e não declarados à Receita. Como se sonegação fiscal, evasão de lavagem de divisas, entre outros, não fossem tipificados como “crime” na legislação brasileira.

Convenhamos, nossos parlamentares são criativos. Sempre acham um “jeitinho” de defender seus interesses. Pela lei, todos os “espertos” que repatriarem seus recursos do exterior não poderão ser processados. É o novo Brasil maravilha em ação!

Para completar, a presidente Dilma Rousseff sancionou um projeto de lei que “regulamenta” o direito de resposta na imprensa. Pela nova lei, as empresas jornalísticas terão de divulgar a resposta de pessoa ou empresa que se sinta ofendida de forma “gratuita e proporcional”. Não será admitida a prova da verdade, ou seja, mesmo que a notícia seja 100% correta o suposto ofendido terá o mesmo espaço para se defender.

Como está pegando mal tantas denúncias de corrupção, Congresso e governo encontraram a saída: calar a imprensa. Parabéns, vocês são ótimos no que fazem!