Com nada menos que 35 anos de estrada, o grupo Roupa Nova se apresenta neste sábado (17), às 22h, na Associação Atlética dos Portuários (Rua Joaquim Távora, 424/428, Marapé). Ingressos de R$ 40 a R$ 80. Inf.: 4062-0177. Nesta entrevista, um de seus integrantes, Paulinho (voz e percussão), explica como a banda emplacou tantos sucessos e o que o público pode esperar deste show em Santos.
Como definir o repertório de um show, em um grupo que tem mais de 30 anos de carreira e muitas músicas?
Paulinho – Já foi uma coisa mais difícil escolher entre tantos sucessos, mas hoje em dia a gente já sabe o que a galera quer, não pode ficar inventando muito. Neste show vai rolar uma pitada, uma mostra, do nosso novo trabalho, o “Todo amor do mundo”. Mas não podem faltar sucessos como “Linda Demais”, “Volta pra mim”, “Dona”, “Seguindo num trem azul” e Whisky a Go-go”.
O Roupa Nova é um “campeão de trilhas-sonoras” de novelas. Como uma música vai parar numa novela da Globo?
Paulinho – Pode ir de várias maneiras. Pode ser encomendada, mas, geralmente, eles procuram um trabalho novo que a gente esteja fazendo. Muitas vezes, a gente mandava para eles um trocinho que ainda estava embrionário, dentro do estúdio. De repente, aquela música servia para o personagem que eles queriam e aí a coisa ia. Mas se for um personagem fraco, a música fica na mesma onda, não cresce, não vai muito longe. A gente acabou dando sorte, porque rolaram para a gente personagens muito fortes. O “Dona” (tema da Viúva Porcina, em “Roque Santeiro”), por exemplo, foi encomendada. O “Whisky a Go-go” era uma música que já estava no disco e eles gostaram. Foi a abertura da novela. Talvez até tenha influenciado o nome da novela (“Um sonho a mais”).
Um casamento durar 30 anos já é uma proeza, e é uma união de só duas pessoas. Como fazer para manter um grupo com seis integrantes junto?
Paulinho – Não há uma fórmula, mas acho que a democracia na nossa banda é uma coisa muito séria. Outra coisa é a cabeça na banda, que todos têm. A rapaziada não pensa em outra coisa. Quem tinha carreira solo já saiu da carreira solo e está focado na banda… E é uma mistura de música com amizade, muito entrosamento…
Mas já houve alguma briga séria, a ponto de colocar em risco a existência do Roupa Nova?
Paulinho – Claro, mas sempre para resolver alguma coisa pela banda. Uma coisa para criar, melhorar, nunca para detonar, acabar. Nós criamos uma cooperativa autoral. Pode ser uma música do Serginho com o Nando, ou eu com o Kiko, o Serginho com o Kiko, não importa. O que se arrecadar é dividido pelos seis. Não existe um que ganha mais e um que ganha menos. Todo mundo ganha igual.
O Roupa Nova já se apresentou diversas outras vezes aqui. O que o público terá de diferente desta vez?
Paulinho – Vamos mostrar algumas músicas desse novo trabalho e tem algumas surpresinhas, uma pitada de rock and roll aqui, outra ali… Vai rolar gostoso para todo mundo. Quem quiser cantar junto, vai cantar, vai dançar. Vai ter pra todo mundo.
Deixe um comentário