Na terça-feira, a presidente fez um discurso criticando “os moralistas sem moral” e “conspiradores”, que, segundo ela, tentam o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos. “Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores”, desafiou Dilma para uma militância em êxtase.
Claro, a presidente não disse uma palavra sobre os atos irregulares de seu governo – as chamadas pedaladas fiscais praticadas no ano passado e condenadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União, e que continuam em 2015; tampouco falou sobre os escândalos e as roubalheiras patrocinadas pelo seu partido, que levaram à cadeia dois tesoureiros da legenda e um dos caciques do partido, o ex-ministro José Dirceu.
Já o seu padrinho político, o ex-presidente Lula optou por um caminho diferente: as “pedaladas” irregulares do governo foram praticadas para garantir recursos sociais aos mais pobres. Mais uma vez, foi o velho Lula de sempre, campeão do populismo e do engodo.
A solução para a crise talvez seja simples: que tal colocar Lula no Ministério da Fazenda? Se ele conseguir enriquecer o Brasil, como conseguiu enriquecer a si próprio e a familiares, com “palestras” e negócios extremamente lucrativos, o país sai do buraco rapidamente.
Infelizmente, faltam ao país estadistas que tenham capacidade de apresentar soluções e mobilizar a Nação. A oposição chega a ser patética. Há um vácuo de poder que está sendo preenchido pelos vigaristas de sempre. O acordão que se trama em Brasília, para salvar os mandatos de Dilma e de Eduardo Cunha, faria a Cosa Nostra parecer um bando de amadores.
É impossível prever o que virá pela frente. No discurso contra os “moralistas”, a presidente foi interrompida pelos militantes aos gritos de “Dilma, guerreira do povo brasileiro”. Já vimos esse filme com José Dirceu. Acabou na Papuda.
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