“É preciso que a escola continue suas atividades”, disse o vereador Murilo Barletta (PR), autor da moção, na sessão do Legislativo de segunda-feira (5), que foi acompanhada por alunos e educadores.
Os vereadores se revezaram ao microfone para defender a manutenção das aulas. “Preocupa a insensibilidade com que este assunto está sendo tratado. Talvez o governador não esteja sendo suficientemente informado do que está acontecendo”, disse o vereador Del Bosco Amaral (PPS).
“É um paradoxo tem que reivindicar o essencial. Qual foi a mente iluminada que pensa em fechar escola?”, questionou Adilson Barros (PT). “O professor Cleóbulo Amazonas Duarte deve estar rolando no caixão. O certo era fechar cadeias e abrir escolas”, disse o vereador Antônio Carlos Banha (PMDB).
Sadao Nakai (PSDB) afirmou que apoia integralmente o não-fechamento a escola e sugeriu que uma solução para o problema seja a municipalização da unidade de ensino, como ocorreu com o EE Andradas.
Reorganização – A possibilidade de fechamento das salas de aula da EE Cléobulo Amazonas Duarte existe em função do plano de “reorganização” da rede estadual de ensino. O principal objetivo é fazer com que as escolas tenham alunos de apenas um ciclo (do 1º ao 5º, ou do 6º ao 9º, ou do Ensino Médio. O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, acredita que esta alteração melhora o desempenho dos estudantes.
Mas o medo de alunos, pais e educadores da Cleóbulo é que esta “reorganização” na prática vai acabar com as aulas no local, que passaria a funcionar exclusivamente como sede da Delegacia Regional de Ensino – hoje, uma parte das instalações da escola já é usada para esta finalidade.
Reunião – No final da sessão da Câmara, chegou a informação do gabinete do deputado federal Bruno Covas (PSDB) de que a Secretaria Estadual de Educação poderá receber uma comissão de vereadores, pais e educadores na semana que vem.
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