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Esquizofrenia

06/10/2015Da Redação
Esquizofrenia | Jornal da Orla
A esquizofrenia é um transtorno psíquico que compromete a qualidade de vida do portador, da família e das pessoas próximas. Atualmente, a terapêutica proposta associa a abordagem medicamentosa com reabilitação social e psicoterapia. Quanto menos aderente à terapêutica, pior a evolução da doença, aumentando o número de internações e o custo total da doença. Mas quando bem conduzida, o tratamento produz a melhora quase completa de apenas um terço dos acometidos, outro terço permaneça com comprometimento parcial e o restante terá a deterioração progressiva na condição mental.

Os primeiros medicamentos surgiram na década de 1950. Pertencem a classe de medicamentos denominada antipsicótico típicos. O haloperidol, um desses medicamentos, é bastante usado ainda hoje. São considerados medicamentos bastante eficazes, mas produzem muitas reações adversas, o que provoca muito abandono do tratamento. 

Os antipsicóticos atuam a partir do efeito antidopaminérgico. O excesso de dopamina nos neurônios de determinadas regiões do cérebro provoca os efeitos positivos (delírios, alucinações auditivas, agitações extremas, comportamento destrutivo, crises agressivas e desagregação de pensamento) e negativos, tais como embotamento afetivo, retirada social, diminuição da iniciativa, conteúdo pobre de pensamento e falta de motivação.

A dopamina é um mediador químico que faz a ligação entre neurônios e não atua apenas nos centros nervosos responsáveis por esses sintomas. Essa substância também é responsável pelo controle dos movimentos automáticos. Como patologia, a doença de Parkinson é a degeneração das vias dopaminérgicas, com diminuição na liberação de dopamina, nos centros nervosos responsáveis pelo controle do movimento, aparecendo os tremores e a rigidez característica. Ao fazer uso do antidopaminérgico para diminuir os efeitos psicóticos, o medicamento também irá diminuir a dopamina de outros centros nervosos e, assim, passam a apresentar sintomas semelhantes ao parkinsonismo. 

Ao final da década de 1990, novos antipsicóticos foram lançados no mercado. Denominados de atípicos, prometiam melhor controle sobre a doença, com menos reações adversas. Atualmente, depois de muitas pesquisas, conclui-se que na comparação do efeito terapêutico entre os típicos e atípicos, ambos apresentam a mesma capacidade. Porém, de fato, os atípicos ou também denominados de 2ª geração apresentam menos reações adversas. Mas há de se ressaltar que esses últimos apresentam um preço muito maior, ainda que tenham sido reduzidos nos últimos anos. 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.