O amor ao esporte é de família. Irmã caçula da estrela mundial do salto com vara, Fabiana Murer, a nutricionista Flávia Murer vem se destacando nas maratonas aquáticas, em Santos, cidade onde vive atualmente. Mesmo grávida, ela lidera o Circuito Santista de Águas Abertas em sua categoria, com vitórias nas três etapas disputadas, duas delas já na gestação de Pedro.

“Diminuí um pouco o ritmo por conta da gravidez, não forcei tanto, mas como sempre nadei, foi tranquilo e bem gostoso. Me faz muito bem e pretendo nadar até quando aguentar, antes de nascer”, comenta Flávia, que pretende competir no domingo (13), na quarta etapa do ranking, na Ilha Urubuqueçaba. “Estou muito bem e acredito que dá para nadar tranquilo”, diz.

Com a previsão de nascimento de Pedro no meio de outubro, ela mostra uma garra de competidora, peculiar na família, e já planeja até competir na final do Circuito, em novembro. “Se for parto normal e eu estiver bem, pretendo participar para tentar ganhar o título”, revela Flávia.

Natural de Campinas, mudou para Santos ao se casar com Marlon e a adaptação foi rápida. “Gosto dessa cara de cidade de interior com praia. Ver as pessoas sentadas em frente de casa conversando. É um clima muito gostoso e sempre que dá vou na praia, nem que seja para dar uma caminhada”, afirma a nutricionista, que desde pequena é apaixonada pela natação.

O início foi aos cinco anos de idade, em Campinas, e logo aos sete já estava federada e competindo. “Entrei mais para aprender a me virar na água, mas gostei logo de cara. Sempre preferi piscina, mas depois de me mudar para Santos, vi que o mais forte daqui são as maratonas e assim que fiquei sabendo do Campeonato Santista já quis logo participar”, conta.

Além da natação, Flávia chegou a se arriscar no atletismo. Aliás, foi tentar o esporte junto com Fabiana, mas no final acabou optando pelas piscinas, enquanto a irmã seguiu adiante, para se tornar uma das três melhores do Mundo no salto com vara. “Já fiz ginástica artística, ginástica rítmica e no atletismo começamos a treinar juntas. Eu tinha 12 anos na época. Estava indo muito bem, mas tive de optar por um dos esportes para conseguir me dedicar mais e acabei escolhendo pela natação”, lembra.

Se no esporte, escolheram caminhos diferentes, na vida a relação das irmãs é bem próxima, mesmo com Fabiana sempre viajando pelo Mundo para competir. “Para mim é normal e sempre nos demos muito bem. Sou muito orgulhosa, acompanho as competições e fico na torcida. Falamos de esporte. Ela conta sobre as provas e treinos e eu também. Conversamos de tudo. Aliás, convidamos a Fabiana e o marido (Elson Miranda) para serem padrinhos do Pedro”, comenta a irmã caçula confiante numa grande atuação na Rio 2016. “Estamos confiantes. Ela está numa fase muito boa”, elogia.