A Banda Sinfônica de Cubatão apresenta novo concerto musical neste fim de semana, com entrada gratuita. Será neste sábado (12), às 20h30, no Bloco Cultural (Pça. dos Emancipadores, s/nº). Intitulado “Concerto da Independência”, o espetáculo traz obras de compositores contemporâneos, de grande vigor e vibração. A regência será do maestro titular Ulysses Damacena e do assistente, Leonardo Corassari, com direção artística de Roberto Farias, que também é coordenador dos Grupos Artísticos da cidade. 

 

O Hino da Independência é um dos destaques, celebrando a data. Com música de Dom Pedro I e poema de Evaristo da Veiga, grande parte da composição é anterior ao grito do Ipiranga e data de 1822. O programa traz, também, obra do jovem Johan de Meij, a “Continental Overture”, um trabalho curto e dinâmico, com um final espetacular. O compositor não tenta esconder suas raízes continentais: várias influências por alguns dos grandes compositores europeus podem ser reconhecidas nesta peça. 

 

“Canzon, Fugato and Hymn”, de Mark Camphouse, é outro destaque do repertório. Tem três seções contrastantes, representando composições do final do período renascentista e início do período Barroco, mas costurada fio a fio, com técnica da composição da atualidade. Baseado em grande parte na “Canzon Noni Toni” (1597) de Giovanni Gabrieli.

 

A música de Robert Sheldon, “Art in the Park”, de 2003, é outro destaque. Cada parte foi elaborada a partir de quatro pinturas representadas na música, a saber “O Ciclista”, de Gino Severini, representante do cubismo; “The Shadowed Stream”, de John Singer Sargent; a terceira diz respeito a uma obra de Williem de Kooning, de 1950; e a última é inspirada na Transfiguração de Raphael. Uma peça muito incomum com conteúdo altamente diversificada.

 

“Alpina Saga”, de Thomas Doss, é baseada em uma lenda alemã que conta a história de uma donzela, sequestrada por cavaleiro do mal e que reaparece no alto de um castelo com vestes brancas. A apresentação é mais um concerto com grande dificuldade técnica para os instrumentistas. “Optamos por um repertório erudito, voltado para a formação de banda sinfônica. Nosso objetivo é, cada vez mais, mostrar a qualidade técnica do grupo e até onde ele consegue chegar musicalmente”, afirmou o maestro titular, Ulysses Damacena.