Santos

Procissão reúne devotos em homenagem à Nossa Senhora do Monte Serrat

09/09/2015 Da Redação
Procissão reúne devotos em homenagem à Nossa Senhora do Monte Serrat | Jornal da Orla
No lugar de rodas apressadas, passos lentos; ao invés do barulho estridente dos motores, orações; por algum tempo as preocupações cotidianas deram lugar a fé. A procissão debaixo de chuva e frio de 16 graus mudou na terça-feira (8) a cara do Centro durante a consagração de Nossa Senhora do Monte Serrat como padroeira de Santos pelo sexagésimo ano.

Foi um final de manhã de devoção, alguns chorando, outros com o braço estendido para o alto, um desfilar de gente agradecendo ou pedindo, mas todos com os olhos voltados para a imagem da santa coberta por um manto azul.

Antes da procissão, a missa campal foi mantida porque não cabia mais ninguém na Catedral e uma grande quantidade de devotos continuava do lado de fora. Uma parte dos fiéis seguiu na igreja, enquanto outros tomaram conta das escadarias do Fórum, da Rua Brás Cubas, praça José Bonifácio e alguns escalaram o monumento para ver do alto a missa celebrada pelo bispo diocesano Dom Tarcísio Scaramussa.

A solenidade religiosa foi acompanhada pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa e demais autoridades municipais.

Caminhar
Da Catedral a imagem foi levada por um carro da Guarda Municipal que a conduziu pela Rua Brás Cubas até a João Pessoa, virando depois, à direita, na Praça Rui Barbosa e retornando pela Rua General Câmara até a Praça Mauá, onde a imagem da padroeira foi levada para a Renovação da Consagração da cidade à Nossa Senhora do Monte Serrat.

O prefeito aproveitou para agradecer à padroeira. “Obrigado por proteger o povo santista, que mesmo debaixo de chuva mostra sua fé”.

Emoção
No meio da multidão de devotos estava Antonia de Oliveira Francischini, 76 anos, que recordou ter se aconselhado com Nossa Senhora do Monte Serrat antes de aceitar o pedido de casamento. Foram 33 anos, três meses e três dias de matrimônio até ficar viúva. “Foi a coisa mais importante que fiz (se orientar com a santa) junto com meus três filhos”.

Marlene Azevedo Rubens, 75, é devota desde criança e prefere não dizer todas as graças alcançadas com a intervenção da santa. “O povo hoje precisa muito de fé porque a violência aumentou muito”.

Maria Isabel dos Santos Ramos, 66, não lembra o ano que começou a ir à igreja no dia 8 de setembro, mas se recorda que em 1994 nem uma hemorragia a impediu de ir à catedral. “Eu pedi minha cura e ela atendeu. Eu sempre pedi por saúde e pelos meus filhos e sempre fui atendida”.