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Ballet Stagium participa do Festival Cubatão em Dança neste domingo

26/08/2015Da Redação
Ballet Stagium participa do Festival Cubatão em Dança neste domingo | Jornal da Orla
Neste domingo (30), Cubatão retoma a tradição dos grandes festivais de dança, inclusive, com a presença do Ballet Stagium, de São Paulo. O “Cubatão em Dança” acontece em sua 1ª edição, a partir das 18h, no Centro Esportivo Romerão (Rua Embaixador Pedro de Toledo, 365) e vai reunir 51 coreografias de equipes de várias cidades da Baixada Santista e até da capital. Os ingressos são vendidos ao preço popular de R$ 10. Para a apresentação do Stagium, a partir das 21h30, a entrada será livre.
 
As montagens que disputarão o Festival são nos estilos balé, contemporâneo, jazz, danças urbanas, estilo livre e sapateado nas categorias infantil, juvenil, adulto e terceira idade. “Teremos 537 bailarinos e bailarinas participando e mostrando que a cena da dança continua forte em Cubatão e na Baixada Santista. Nossa ideia é retomar realmente a funcionalidade dos festivais na cidade – a exemplo do antigo Festival da Primavera que acontecia em terras cubatenses nas décadas de 80 e 90, agindo como uma virtrine para dançarinos, coreógrafos e companhias”, afirma Juliana Luiz, uma das coordenadoras da Mostra.
 
Todos os bailarinos recebem certificado de participação e, em cada categoria/gênero, o 1º, 2º e 3º lugares ganham trofeus. Também serão concedidas premiações especiais, como Troféu Revelação, Troféu Melhor Coreógrafo, Troféu Melhor Grupo e Inscrição Gratuita para o FIDIFEST – Edição 2016.
 
A coordenadora lembra, ainda, que todos os bailarinos participantes doaram alimentos que serão destinados ao Fundo Social de Solidariedade de Cubatão, contrapartida da Mostra para o município. A realização do Festival é da Associação de Amigos da Banda Marcial e Berro Eventos, com apoio da Secretaria de Cultura.
 
Além das apresentações competitivas, haverá a participação dos grupos oficiais da cidade como a Cia de Dança da Sinfônica de Cubatão, sob direção de Vanessa Toledo; Corpo Coreogáfico da Banda Marcial, comandada pela coreógrafa Alessandra Palucci; e o Grupo Palco e Cia, com direção de Marilene Ferreira. O Festival poderá ser acompanhado pelas redes sociais por meio do facebook/cubataoemdanca.
 
Ballet Stagium – Uma das mais longevas companhias de dança do Brasil, com mais de 40 anos de existência, o Ballet Stagium se apresenta pela primeira vez na cidade de Cubatão. No espetáculo “Choros – Estudos Brasileiros nº6”, apresenta leituras corporais de chorinhos compostos por grandes nomes da música brasileira como Pixinguinha, Waldir Azevedo, Catulo da Paixão Cearense, João de Barro, Cartola, Zequinha de Abreu, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho.
 
Com coreografia de Décio Otero e direção teatral de Marika Gidali, “choros” é sucesso de público por onde passa. Marika acredita que a apresentação irá cativar também o público daqui porque, no fim das contas, o encontro do chorinho com os bailarinos em palco flui muito bem. “O desafio é que nunca sabemos o que irá acontecer, como o público vai receber, mas esse foi um balé que emplacou”, pontuou a diretora, que afirma que, com quase 50 anos de trabalho, a cia. tem defendido e divulgado aspectos da cultura brasileira. “Assumimos fazer isso (divulgar a cultura brasileira) e temos sido muito coerentes com essa temática. Escolhemos essa comunicação com o público brasileiro, isso lá nos anos 1970, e viemos nos aprofundando nas nossas origens. Dizemos que gostamos muito de dançar em português.” 
 
O Ballet Stagium foi fundado em outubro de 1971, em São Paulo, sob a direção de Marika Gidali e Décio Otero, e contou com o apoio e influência da classe teatral local . A companhia ficou reconhecida nacionalmente por seu projeto de engajamento político. O repertório do grupo, em parceria com Ademar Guerra, enfocou temas como o racismo, violência, opressões e genocídios, dançando textos proibidos pela censura, como Navalha na carne (Plínio Marcos) sob o título Quebras do mundaréu (1975). Entre muitas inovações, o Stagium optou por abandonar o eixo Rio de Janeiro-São Paulo e excursionou por todo o Brasil. Com coreografias adaptáveis a qualquer cenário, fizeram e fazem apresentações em pátios de escolas públicas das periferias dos grandes centros, favelas, igrejas, praias, hospitais, estações de metrô ou em presídios.