As dores nas costas podem ser causadas por problemas musculares, articulares e outras menos comuns. As dores são, normalmente, derivadas da má-postura ao sentar; da permanência por muito tempo na mesma posição; do levantamento excessivo de peso ou por fazê-lo de modo errado; por estresse devido a movimentos repetidos como em atletas; também por fraqueza muscular derivado do sedentarismo; além das doenças específicas que podem atingir os músculos e as articulações da região.
O tipo de terapêutica medicamentosa bastante utilizado é a associação de medicamentos miorrelaxantes com analgésicos, formulados em um único produto. Como miorrelaxante, a substância carisoprodol está presente em muitos medicamentos. A agência europeia de medicamentos contraindica o uso dessa substância desde 2007. Ainda que apresente resultados positivos quanto ao controle da dor, a substância apresenta alto risco de dependência, intoxicação e comprometimento psicomotor.
Idosos, principalmente, devem evitar esse tipo de medicação, devido a risco de intoxicações. Essa condição pode provocar de sonolência ao coma, hiporreflexia (reflexos lentos), miose (contração da pupila), hipotensão, bradicardia (redução na frequência cardíaca), hipotermia e edema pulmonar. Para evitar a intoxicação, seria necessário reduzir a dose, o que tornaria o medicamento sem eficácia adequada.
Devido a lombalgia estar vinculada à má-postura, é um problema crônico que demanda ações vinculadas a terapias não-medicamentosa, principalmente, além de consciência corporal. Desse modo, é comum o uso rotineiro e crônico desse medicamento porque a causa da dor não foi retirada. E no Brasil, muitos produtos contêm carisoprodol, os quais são associados à analgesia de caráter geral, sendo tomados de forma indiscriminada para qualquer tipo de dor. O uso desse medicamento, ao diminuir a capacidade de reflexo, aumento o risco de acidentes de trânsito e quedas com fraturas.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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