Na segunda (06/07), Eduardo Cunha tentou baixar a OAB ao seu grau de entendimento, chamando a instituição de “cartel” e apontando situações específicas da profissão, entre elas, o exame de Ordem, que se exige, sim, o conhecimento jurídico para segurança do próprio profissional e de seu cliente. Segundo Cunha, a OAB não tem credibilidade. Políticos, como ele que, ao ter seu parecer sobre o Novo Código de Processo Civil questionado pela OAB, por não ter formação jurídica, têm esta credibilidade?
A quem interessa uma Advocacia fraca? A quem interessa que o saber jurídico seja “re-interpretado” segundo convescotes oportunistas? Cunha defende o aporte financeiro empresarial de partidos e políticos. A OAB não. Cunha defende a maioridade penal de 16 anos: abastecer os presídios é a única solução?
A quem interessa uma sociedade combalida? Com certeza não para aqueles que, com dificuldade financeira, conseguem terminar a Faculdade de Direito, buscam todo o tipo de informação para se prepararem para o Exame. Sabem que, ao passarem, farão parte de um grupo de profissionais comprometidos com a sociedade e que, por isso mesmo, serão duramente atacados.
Nós, da diretoria da OAB Santos, criamos a Campanha Orgulho de ser Advogado como resposta à manipulação da opinião, que vem ganhando contornos perigosos já há algum tempo. Questiona-se a função do advogado, como se o saber jurídico pudesse ser conquistado em fichas de resumo, vindas em encartes semanais de jornal.
Se o vinho requer qualidade para sua apreciação, mais ainda nossa sociedade tão humilhada e vulgarizada em sua Casa de Leis, esta mesma tantas vezes protegida pela Ordem dos Advogados do Brasil.
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