TV em Transe

Investida no humor

16/07/2015
Investida no humor | Jornal da Orla
De uns tempos pra cá, figuras conhecidas do humor nacional têm trocado a tevê aberta por programas em canais a cabo. A investida maior no gênero vem do Multishow, que definiu a faixa das 22h30 como exclusiva para humorísticos – mais precisamente desde o sucesso de “Vai que Cola”. Mas isso não quer dizer que o tiro sempre será certeiro.

A emissora já exibiu duas temporadas do divertido “Tudo pela Audiência”, programa de auditório com Fábio Porchat e Tatá Werneck que satiriza formatos desgastados de atrações da tevê aberta. Recentemente, porém, vieram duas bolas fora.

Primeiro, “Acredita na Peruca”, estrelado por Luiz Fernando Guimarães, cuja trama se passava em um salão de beleza. Depois, “Partiu Shopping”, marcando o retorno de Tom Cavalcante à telinha, no qual ele vive o chefe de segurança de um Shopping Center (o último episódio irá ao ar na próxima sexta-feira).

Ambos, apesar dos protagonistas talentosos, esbarraram no mesmo problema: a falta de graça, consequência de roteiros fraquíssimos. Apesar dos esforços dos atores, “Acredita na Peruca” e “Partiu Shopping” não deixarão saudades.

O próximo é “A Grande Farsa”, com Wellington Muniz, o Ceará, que estreia dia 20. Serão 20 edições, de segunda a sexta. Cada dia terá um convidado especial, e Ceará vai lançar mão de suas imitações que ficaram famosas no “Pânico”, como Silvio Santos e Marília Gabriela.

Não interessa – A grande mídia destacou a recente visita do Papa Francisco a alguns países da América do Sul. Mas curiosamente deixou pra lá o forte discurso que o Pontífice proferiu na Bolívia, onde defendeu a “distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano”.


O Papa atacou a concentração midiática, algo muito comum no continente. Disse que tal prática é um instrumento de “colonialismo ideológico”: “a concentração monopólica dos meios de comunicação social pretende impor pautas alienantes de consumo e certa uniformidade cultural”. Nós aqui sabemos bem o que é isso…
 
Tiro no pé? – Com a desclassificação da seleção brasileira, a Rede Globo sentou em cima dos direitos de exibição da Copa América e não mostrou as semifinais e a decisão do torneio. Só quem assina o Sportv (também da Globo) pôde conferir os jogos.

A final, entre Chile e Argentina, rendeu ao canal a maior média da história da TV paga no Brasil! Foram 5,6 pontos, com pico de 8 pontos durante a disputa por pênaltis.
No horário (tarde de sábado, dia 4), a Globo preferiu manter sua programação normal. Subestimou um grande evento que provavelmente, em sinal aberto, superaria os 15 pontos do grotesco “Caldeirão do Huck”.