Arquiteto e urbanista, Pedro Smith cria pinturas em pastel seco há mais de duas décadas, mas apenas em 2011 começou a transpor seus traços para a dimensão de murais. Desenvolve seus trabalhos com os dedos, em folhas separadas de papel, juntando esses fragmentos (parte) para a elaboração daquilo que denomina sistemas (todo), compondo, assim, grandes murais, que medem cerca de 1,80mx1,70m.
Seus desenhos buscam dialogar com uma situação de impasse: ao mesmo em que as formas, predominantemente orgânicas, apresentam-se conectadas e integradas, também se encontram imóveis, como algo potencialmente pulsante, mas visivelmente confinado. As imagens finais, em sua totalidade, apresentam-se como um grande sistema fechado, atrelado, que se completa e se consome simultaneamente. O uso de cores e suas variações tonais são fundamentais em sua construção.
Pedro Smith é representado pela Ward-Nasse Gallery, em Nova Iorque, onde integrou uma exposição na própria galeria, em 2012. No mesmo ano, foi um dos 28 artistas a representar o país na Magical Journey, evento que homenageou o Brasil, organizado pela mesma galeria em parceria com a loja Macy´s.
Especializado em habitação popular e urbanização de favelas, Pedro atuou diretamente na favela de Paraisópolis – esse envolvimento possibilitou que fosse assistente de curadoria na exposição “A Cidade Informal no século XXI”, que aconteceu em 2010 no Museu da Casa Brasileira, na cidade de São Paulo, e em outras cidades do mundo.
Atualmente, sua produção artística ocorre em paralelo ao trabalho que desenvolve na equipe do Núcleo de Cidadania Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, onde é responsável por acompanhar projetos artísticos e culturais nas regiões periféricas da cidade.
Até dia 1º de agosto, o público poderá conferir gratuitamente algumas das obras do artista, que expõe pela primeira vez na cidade, graças ao apoio da Secretaria da Cultura de Santos.
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