A maior crise econômica dos últimos 30 anos e os recentes escândalos de corrupção envolvendo o PT foram decisivos para derrubar a imagem da presidente Dilma Rousseff (PT). Levantamento realizado na cidade de Santos, entre os últimos dias 29 e 30, pelo Instituto APPM (Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado), por encomenda do Jornal da Orla, revela que a presidente é rejeitada por 84% dos eleitores, sendo seu governo aprovado por apenas 8%. Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), obtiveram o mesmo índice de aprovação: 61%.  Os que rejeitam Alckmin somam 23% e os que rejeitam Paulo Alexandre, 21%.

Foram ouvidos 500 eleitores na cidade e a margem de erro é de 4%, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.  Isso significa que se forem realizadas 100 entrevistas, em 95 delas os resultados serão semelhantes, dentro da margem de erro.

 

Economia pesou

Para o cientista político Jairo Pimentel Jr., que coordenou os trabalhos, o fator que mais pesou para derrubar a popularidade de Dilma foi a crise econômica: “A crise pesou mais que os escândalos de corrupção. O brasileiro costuma ser mais tolerante com a corrupção, quando a economia vai bem. Um exemplo disso foi o mensalão. Mesmo com o escândalo, que derrubou o ministro José Dirceu e importantes lideranças do PT, Lula conseguiu a reeleição porque a economia ia bem. Hoje nós temos um cenário de recessão com escândalos, e isso é muito ruim para a imagem de Dilma e de seu governo”, diz Pimentel.

Já em relação ao governador e ao prefeito, Pimentel afirma que o eleitor de Santos é bastante politizado e, portanto, percebe que a responsabilidade pela crise econômica não é deles e sim do governo federal. “Alckmin e Paulo Alexandre possuem uma imagem positiva na cidade”.