Além disso, há de se ter o controle fisiológico para impedir os excessos. Nessa condição, o timo é um órgão importante para o sistema imune, porque destrói as células que estejam ativas contra as próprias estruturas. E as destrói, logo no início da existência da célula. Assim, o sistema imunológico irá funcionar somente contra o invasor. Desse modo, as defesas não reconhecem como estranho aquilo que faz parte do próprio organismo.
Como o sistema imune é complexo, precisa ser modulado. Para tanto, além do timo, tem outros mecanismos que o desligam quando necessário. Na falha desse processo, poderemos ter as doenças autoimunes, ou seja, aquelas em que o sistema imunológico passa a destruir os tecidos do próprio organismo. Várias doenças têm essa origem: diabetes do tipo I; problemas na tireoide; lúpus; esclerose múltipla; vitiligo e outras. Várias são as causas e que atuam de forma conjunta. A condição genética, pela hereditariedade, associada ou não à exposição viral, aos poluentes em geral, à carência de substâncias (vitamina D, por exemplo) e outras situações podem ser fatores desencadeantes.
Como causa comum, a destruição do próprio tecido pelo sistema imunológico. Desse modo, é possível uma pessoa ter mais de uma doença autoimune. Há associação bem documentada entre vitiligo e problemas na tireoide. Nessa mesma lógica, a terapêutica pode ser comum. Como resultado de pesquisa recente, conseguiu-se reverter o vitiligo com medicamentos usados em artrite reumatoide. Aparentemente sem sentido, o resultado positivo se deu em função das duas doenças serem autoimunes.
O medicamento usado é um imunossupressor, ou seja, diminui a capacidade imunológica para diminuir o seu ataque às células próprias sadias, o que geraria a doença. A principal reação adversa desse tipo de medicamento é a possibilidade de doenças infecciosas recorrentes, justamente pela capacidade imunológica diminuída. Um desses medicamentos foi aprovado pela Anvisa em 2014, pelo FDA em 2012 e rejeitado pela agência europeia em 2013. Os argumentos da agência europeia é a de que o medicamento não apresenta maiores benefícios dos que já estão disponibilizados. Os imunobiológicos têm alto custo. Nos EUA, o tofacitinibe, acima citado, custa mais de US$ 2700,00.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
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