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Medicamentos irregulares

01/06/2015 Da Redação
Os medicamentos precisam ser produzidos de acordo com regras bastante estritas. Porém, a despeito das condições do usuário, que não estará em condições normais, nem todos os cuidados são tomados. Há medicamentos falsificados, mal elaborados, contrabandeados, roubados e muito mais. Esteja atento para alguns detalhes, que poderão evitar problemas.

Essa é uma preocupação mundial, principalmente para medicamentos falsificados, porém há diferenças significativas em relação ao poder econômico dos países. Nos países em desenvolvimento, de 10% a 30% do mercado é de medicamentos falsificados, enquanto que nos países desenvolvidos deve ser em torno de 1% do mercado. Nos Estados Unidos, constata-se mais de 2.000 incidentes por ano relacionados a medicamentos falsificados.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a falsificação de medicamentos é considerada um problema desde 1985. Em estudo internacional sobre medicamentos falsificados, a OMS relata que 32% dos medicamentos irregulares encontrados não continham nenhuma substância medicamentosa; 20% estavam com quantidades incorretas; 22% tinham ingredientes errados; em 16%, a substância medicamentosa era correta, porém estava em embalagens falsificadas; e no restante 10%, os medicamentos estavam contaminados ou continham altos níveis de impurezas.

Na Europa, em junho de 2015, os sites que venderem medicamentos dentro do continente europeu receberão um logo oficial, emitido pela Agência Europeia de Medicamentos, que, ao ser clicado, certificará a legalidade na comercialização dos medicamentos. Essa é uma estratégia importante, porque muitos dos medicamentos falsificados são comprados através dos sites, que vendem medicamentos “milagrosos”. Não creia em promessas.

Ao comprar um medicamento, verifique a integridade da embalagem secundária, aquela que envolve o blister, o vidro ou pote que contém diretamente o medicamento. Além da integridade, algumas informações são fundamentais: o nome comercial e do princípio ativo; data da fabricação e de validade; e o número de registro no Ministério da Saúde que tenha 13 dígitos. Iniciado pelo número 1 para medicamentos e 2 para cosméticos.

Além disso, o medicamento terá de estar lacrado, quer seja por adesivo, quer seja por um tipo de cola. E tem de ter, também, o sistema de tinta reativa, aquela que ao ser rabiscado por metal surgirá a logomarca. E atenção, não poderá sair nenhum tipo de resíduo, do tipo “raspadinha”, pois é um tipo de tinta diferente. Todas essas informações são obrigatórias. Na dúvida, entre em contato com o SAC da empresa, que deverá ter o número do telefone impresso ou converse com o farmacêutico responsável pela farmácia.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.