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Fotoproteção no inverno

25/05/2015Da Redação
Fotoproteção no inverno | Jornal da Orla
O conhecimento da influência da radiação ultravioleta como promotor do câncer de pele é relativamente recente. Em vinte anos, a importância da fotoproteção aumentou o consumo de produtos para esse fim em mais de sete vezes. A luz solar pode ser dividida em três níveis de radiação, infravermelho, visível e ultravioleta. Enxergamos a radiação visível, como no arco-íris.  O infravermelho é a onda que conduz o calor e o ultravioleta promove as alterações químicas no organismo, estimulando a melanina (pigmento do bronzeamento), inflamações (“queimaduras” na pele) e alterações no DNA (câncer).

O ultravioleta, por sua vez, pode ser dividido em comprimentos de onda diferentes, UVA, UVB e UVC. Esta última é filtrada pela estratosfera, restando a UVA e a UVB. Os produtos denominados como protetor solar têm filtros químicos que reduzem o poder de radiação UVA e UVB. O valor do Fator de Proteção solar (FPS) representa a relação do tempo a mais em que a exposição solar irá provocar os primeiros sintomas de queimadura. Peles sensíveis necessitam de fatores maiores, reduzindo o risco de queimadura, mas peles mais resistentes também estão expostas à radiação, com risco de mutação no DNA e câncer.

Dentro de limites de tempo (entre 15 minutos diários e meia hora) e de horário (antes das 10h00 e depois das 16h00), a radiação ultravioleta é importante para que o organismo produza vitamina D e garanta uma boa saúde óssea, dentre outras coisas. Por outro lado, a incidência de câncer de pele no Brasil é alta, mais de 180.000 casos novos ao ano. O câncer de pele pode ser de dois tipos. O mais comum é menos grave e corresponde a 25% de todos os casos de câncer no Brasil.  Pode ser letal na ordem de 1% dos acometidos. O outro tipo, mais grave, corresponde a cerca de 4% dos casos de câncer no Brasil.

Por isso, é preciso prevenção. A incidência da radiação depende de diversos fatores, como a topografia, a camada de ozônio, ou mesmo a presença de nuvens, pois essas podem permitir a sua passagem. O uso de protetor solar deve ser constante, inclusive no inverno, e de preferência com fator de proteção superior a 15. Porém, alguns estudos têm demonstrado alguns problemas com o uso dessas substâncias. Os laboratórios precisam comprovar melhor a segurança dos produtos. As substâncias que protegem contra a radiação precisam penetrar na pele para seu efeito e, quando alterado, pela radiação pode ser uma substância nociva. Assim, somente uso produtos de empresas confiáveis. Evitar se expor e utilizar roupas de algodão pode ser uma alterantiva mais saudável. Atenção ao horário e ao tempo de exposição e não utilize fórmulas caseiras.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.