Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento.
Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.
A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado:
-Somente um milagre poderá salvá-lo.
Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro do seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro.
Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia.
Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento. Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!
-O que você quer? – perguntou o farmacêutico com voz aborrecida -estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos, disse ele sem esperar resposta.
-Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão – respondeu a menina – ele está realmente doente… E eu quero comprar um milagre.
-Como?, balbuciou o farmacêutico admirado.
-Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo. E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?
-Desculpe, mas não posso ajudá-la, respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
-Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa, insistiu a pequena.
O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: -Que tipo de milagre seu irmão precisa?
-Não sei, respondeu ela, levantando os olhos para ele. -Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro.
-Quanto você tem?, perguntou o homem de Chicago.
-Um dólar e onze centavos, respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
-Puxa que coincidência – sorriu o homem – um dólar e onze centavos!!! É exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:
-Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa.
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia. A operação foi feita com sucesso e sem custos.
Alguns meses depois Andrew estava em casa, recuperado. A mãe e pai comentavam alegremente sobre a seqüência de acontecimentos ocorridos.
-A cirurgia – murmurou a mãe – foi um milagre real. Gostaria de saber quanto custou!
[autor desconhecido, mas dizem que o Doutor da história chama-se Carlton Armstrong]
Não há situação, por pior que seja que resista ao milagre do amor. Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma. Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada.
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE
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