Elas estão operando em condições de segurança? Qual o grau de risco que oferecem? Estamos preparados para enfrentar novos acidentes?
O incêndio na Ultracargo felizmente não provocou vítimas fatais, mas os danos à saúde dos moradores da região, ao meio ambiente e também os prejuízos econômicos provocados são impossíveis de ser mensurados. O que importa, agora, além de penalizar os responsáveis, é, principalmente, adotar todas as ações possíveis para evitar que novas tragédias aconteçam.
A Ultracargo operava há vários anos no local e o incêndio mostrou que o número de tanques existentes erra superior ao que poderia estar ali em condições mínimas de segurança. Um barril de pólvora ao lado do outro. Como a empresa conseguiu o alvará do Corpo de Bombeiros, por exemplo?
É tradição nacional só adotar providências depois que as tragédias acontecem. Um exemplo foi o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, que deixou 242 vítimas fatais e mais de 600 feridos. A partir de então, boates e estabelecimentos comerciais começaram a ser fiscalizados com mais rigor em todo o país.
O que a população da Baixada Santista espera é que as autoridades constituídas exijam o cumprimento da legislação e adotem todas as medidas possíveis para evitar que ocorram novas tragédias do gênero. É fundamental que o Corpo de Bombeiros e as Prefeituras exijam das empresas laudos técnicos que garantam a segurança de suas operações. As empresas que não atenderem às exigências devem ser embargadas, como está sendo a Ultracargo, independentemente da questão econômica.
Que o incêndio na Alemoa sirva de alerta para que possamos corrigir equívocos do passado.
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