
A ideia não é de Furtado. Ele apenas quer que Santos integre a campanha mundial “Segunda sem carne”, criada nos Estados Unidos em 2008, que tem sido adotada em diversas cidades do planeta e tem entre os seus entusiastas o ex-beatle Paul McCartney.
“O princípio de ‘menos carne’ só traz benefícios, para as pessoas, para o planeta e para os animais”, argumenta Furtado. “É importante levá-lo às escolas, para que as crianças conheçam novos sabores e, mais do que isso, motivá-las a debater questões ambientais, saúde humana e respeito aos animais, com reflexões sobre como eles são criados e abatidos para gerar comida”, completa.
O vereador destaca que, na produção de um quilo de carne, são necessários 15 mil litros de água (desde a irrigação no pasto até a alimentação do boi) e 15 quilos de proteínavegetal (milho, soja etc). Para cada quilo de carne produzida, há emissão de cerca de 44 quilos de CO2 no ambiente, o mesmo que um automóvel emite numa viagem de 237 quilômetros. Além disso, os rebanhos bovinos são apontados como um dos principais causadores do chamado efeito estufa.
Segundo a Associação Paulista de Medicina (APM), que também apoia a iniciativa, o consumo excessivo de carne (principalmente vermelha e processada) está associado a doenças crônicas como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade.
Atualmente, são abatidos por ano cerca de 70 bilhões de animais para servirem de alimentos aos seres humanos.
Na terça-feira (10), foi realizada uma audiência pública na Câmara para discutir o assunto. O Projeto de Lei apresentado por Furtado ainda não tem data para votação. Caso aprovado, ele precisará ser sancionado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Foi escolhido o primeiro dia útil da semana porque os brasileiros costumam comer mais carne no fim de semana e, assim, estão mais propensos a ingerir alimentos mais leves. A segunda-feira também é um dia em que se costuma iniciar novos hábitos, como deixar de fumar ou fazer regime.
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