As ceias que acompanham as festas de final de ano são um convite para se entregar aos prazeres da gula, sem dramas de consciência. O melhor é que isso é possível, desde que não haja exageros. Esta é uma época em que as confraternizações acontecem desde o início do mês, sempre regadas a bebida e comida, por isso, mesmo sem passar vontade, é preciso controle para não elevar em poucos dias o ponteiro da balança. Além do quê, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas pode resultar em acidentes de trânsito, maior violência, casos de afogamento ou, no mínimo, um flagrante na Lei Seca.
Para complicar, apesar do clima tropical, adotamos no Brasil pratos e alimentos consumidos no hemisfério norte, onde o final de ano é caracterizado pelo inverno rigoroso. Carnes gordurosas são a base de refeições saborosas, mas de difícil digestão, principalmente nos dias quentes típicos da estação.
Moderação no prato – “A orientação básica é comer com moderação, consumindo o que for mais calórico com prudência. Dessa forma, é possível manter a dieta e evitar o ganho de peso”, ensina a nutricionista Gabrielle Carassini, da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela aconselha, durante a ceia, um prato equilibrado com variedades de carboidrato, como arroz ou batata, proteínas e fibras, como saladas variadas e frutas. “O importante é consumir o que mais agrada ao paladar, evitando excessos. O consumo de apenas um prato durante a ceia já é suficiente, o que vale também para a sobremesa”.
Fique atento ao teor de açúcar – Embora bastante consumidas nesta época, frutas cristalizadas e passas concentram alto teor de açúcares. Da mesma forma, panetones recheados, tortas e refrigerantes podem ser armadilhas. Como recurso para adoçar a noite, é possível recorrer às frutas da estação em forma de sucos ou nas versões in natura.Desvie do álcool em excesso – Além de arriscado para quem vai dirigir, o álcool em excesso pode causar desidratação. O álcool também compromete a dieta de quem quer perder uns quilinhos, pois interfere no metabolismo, que fica mais lento. A dica é beber com moderação, intercalando com a ingestão de sucos e, principalmente, água.
Ritmo das crianças deve ser respeitado – Viviane Guerra alerta os pais para outra questão importante: crianças de até 5 anos de idade estão na fase de consolidação de hábitos alimentares e devem ter seu ritmo respeitado. “Muitos pais acham que as crianças também podem passar da hora de comer, esperar um pouco até que todos os convidados cheguem, coisas comuns durante eventos sociais que envolvem muitas pessoas. Mas não é assim. Tirar as crianças do ritmo normal das refeições pode resultar em maior irritação ou mesmo causar dores de cabeça nelas. Por isso, o horário de alimentação dos adultos pode ser diverso, mas o das crianças tem de respeitar o ritmo imposto no dia a dia”, explica.
Guardar os alimentos de forma correta – Depois de o alimento ser cozido ou preparado, cada hora exposto ao ar aumenta o risco de proliferação de bactérias. Quanto mais acima e mais ao fundo, mais gelado é o ambiente dentro do refrigerador. A porta e os primeiros alimentos nas prateleiras são os que mais têm variação na temperatura. Os que ficam nas gavetas na parte de baixo da geladeira também devem ser os mais resistentes, como as frutas e verduras, por exemplo. E não lote a geladeira de alimentos, pois isto pode comprometer a temperatura ideal para conservação, que é em torno dos 10º C. Na hora de servir a comida guardada do dia anterior, prefira esquentar apenas as porções a serem consumidas e não todo o prato novamente.
Detox pós-festa – Famosas na atualidade, as dietas detox auxiliam na eliminação de toxinas acumuladas pelo excesso cometido entre Natal e Ano Novo, como abuso de gorduras e álcool. Em geral, as receitas são baseadas no consumo de frutas, hortaliças, sucos e chás com fibras e propriedades diuréticas e termogênicas.
