Em entrevista ao programa Jornal da Orla na TV, o deputado federal Beto Mansur afirma que 2015 será um ano de muitas dificuldades para o país, mas ainda assim se diz convencido de que a Baixada Santista receberá obras importantes para o desenvolvimento de toda a região. Ele não acredita que haverá reforma política e diz que o Brasil precisa investir em infraestrutura, saúde, segurança, e, principalmente, em educação, para poder competir com outros países. Veja abaixo, os principais trechos da entrevista:
O ano está terminando e depois de uma disputa eleitoral muito acirrada, a presidente Dilma conseguiu a reeleição. O que podemos esperar para 2015 do ponto de vista político e econômico?
Beto Mansur – Olha, se fizer uma análise da região, até porque a gente tem um envolvimento forte do governo Federal em função do Porto, do Polo Pretroquímico de Cubatão, nós vamos ter dificuldade porque a atividade econômica do Brasil não será das melhores em 2015. Nós teremos que buscar alternativas para atender aos anseios da população nas diversas áreas, principalmente nas mais carentes, como educação, saúde, infraestrutura.
Então a expectativa é de um ano muito difícil, haja vista que serão necessários os ajustes e eles já começaram. Embora na campanha a presidente tenha negado esses ajustes terão de ser feitos, eles já começaram, com o aumento da taxa de juros…
Mansur – O que nós precisamos é dar uma retomada no crescimento do Brasil. Precisamos atender mais a indústria. Não é só gerar empregos, é preciso atender indústria, para que seja mais competitiva, o setor agrícola, que mexe muito com a balança de pagamentos etc. Então eu acredito que a gente tem que fazer essa lição de casa, o governo tem que fazer essa lição de casa. Mas a região tem que se preparar para fazer economias e atender aquilo que a população necessita.
Os ajustes então são necessários para que o Brasil volte a crescer em 2016?
Mansur – Sim. A ideia é você fazer ajustes, acho que a presidente vai fazer isso, acredito que ela vá montar um novo governo. Haverá um deslocamento do próprio PT. Acho que a presidente vai procurar um grande apoio entre os partidos para que haja governo para que a gente possa ter figuras na estrutura dos ministérios de gente competente, que possa ajudar a resolver os problemas, os ajustes que o país necessita.
Além da parte econômica e retomada do crescimento, quais devem ser as outras prioridades do governo Dilma?
Mansur – Quando se vence uma eleição, acaba se falando que será feita uma grande reforma politica etc, eu vou ser sincero: eu já estou lá há muito tempo, já vou agora pro quinto mandato como deputado federal. Eu acho que quando você tem algum problema, logo se fala em fazer uma reforma política. Uma reforma política não vai resolver o problema do dia a dia do cidadão brasileiro. O cidadão precisa de infraestrutura melhorada, principalmente no transporte, porque ele fica muito tempo dentro do ônibus no trânsito para ir ao trabalho; a gente precisa resolver o problema da segurança; na área de saúde, tem que resolver um problema grave no setor educacional.. Nós sabemos que, sem isso, o Brasil não compete com outros países.
Com relação à Baixada Santista, o senhor conseguiu viabilizar recursos para diversas cidades da região. Esses investimentos, que são importantes, correm risco por conta das dificuldades econômicas previstas para 2015?
Mansur – De alguma forma os investimentos estão garantidos. Já tem um processo em andamento. Por exemplo, a questão da entrada da cidade de Santos: já está começando o processo licitatório inicial. Teleférico dos morros: a mesma coisa já tem um processo em andamento. Túnel: Zona Noroeste e Zona Leste o processo ainda não esta em andamento , mas já tem projeto básico e já estão fazendo estudos para iniciar a obra. Arrumamos recurso para pavimentação da cidade de Bertioga: já está em andamento o processo. Mesma coisa com relação à Praia Grande, 70 milhões de reais.
Então apesar da crise, o ano de 2015 vai ser um ano de muitas obras na região?
Mansur – Acredito que sim. Nós tivemos todo um preparo em 2013, 2014 com reuniões que fizemos com o vice -presidente da República, Michel Temer. Então eu acredito que tudo aquilo que se planejou nós vamos ver concretizado já no inicio de 2015.
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