TV em Transe

A tatuagem

05/11/2014 Christian Moreno
Após muito tempo, a Rede Globo conseguiu fazer com que o “Fantástico” voltasse a ter repercussão. Entretanto, isso não ocorreu por conta de alguma reportagem bombástica.
 
A edição de domingo passado marcou a troca de apresentadoras do programa. Renata Vasconcellos saiu para assumir o lugar da Patrícia Poeta no “Jornal Nacional”, deixando seu posto para Poliana Abritta.
 
A atração rendeu 23 pontos de média no ibope (quatro a mais que o domingo anterior às eleições) e bombou nas redes sociais. O motivo, porém, foi insólito: uma tatuagem que a jornalista ostenta em sua panturrilha direita!
 
Para se ter uma idéia, uma matéria a respeito da “tattoo misteriosa” foi a mais acessada do portal UOL na segunda-feira. No mesmo dia, Poliana deu entrevista ao “Encontro com Fátima” e a tatuagem entrou na pauta. 
 
“É uma orquídea bem antiga que fiz aos 14 anos de idade e com autorização dos meus pais. Na minha família todo mundo é tatuado e isso é uma coisa normal. Quem tem tatuagem sabe que todo desenho tem uma história. As pessoas falam: ‘Nossa, como vai ser quando você estiver velhinha e enrugada?’. E eu acho que vai ser mais uma história para contar. Já acumulo tantas na vida…”, esclareceu.
 
Que coisa… Para entrar no comando do “Fantástico” com o pé direito, Poliana foi até a Índia para entrevistar Kailash Satyarthi, que acaba de ganhar o prêmio Nobel da Paz. Fez uma boa matéria, esteve segura na condução do programa, mas no fim das contas o que chamou mesmo a atenção do telespectador foi uma tatuagem… 
 
Sinal de que o “Fantástico” não tem lá algo muito melhor pra mostrar ou indício de que os interesses da audiência andam meio esquisitos?
 
Geração perdida – Ainda na Globo, a emissora deve estar preocupada com sua faixa de novelas das 19 horas. Faz tempo que uma história não emplaca e, para piorar, os índices estão ladeira abaixo a cada folhetim que passa.
 
O capítulo final de “Geração Brasil”, de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, amargou 20 pontos de média no ibope. Trata-se do pior desempenho da história da emissora em se tratando de um desfecho de novela das sete.
 
Menos mal que a nova “Alto Astral”, de Daniel Ortiz, estreou com média de 24 pontos. O defasio agora é tentar ao menos se manter neste patamar.