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Desesperado, PT apela e bate duro em Marina

05/09/2014Jornal da Orla
Desesperado, PT apela  e bate duro em Marina | Jornal da Orla
O Partido dos Trabalhadores fez o que dele se esperava: desesperado com a subida meteórica de Marina Silva apelou para o jogo baixo, comparando a candidata aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, cujos governos terminaram de forma melancólica, com a renúncia do primeiro e o impeacheament do segundo. 
 
Seria hilário, não fosse trágico, já que Collor apoia quem…? Quem? Dilma Rousseff, a candidata do PT. Mas a decência e a ética, bandeiras do PT, parecem ter sido esquecidas em algum lugar do passado de um partido que tem hoje dois ex-presidentes presos por corrupção ativa.
 
Enfim, o PT deixou claro que não pretende largar o filé tão fácil e, na quinta-feira, começou a mobilzar sua máquina sindical para novos ataques a Marina, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo. A ordem é descontruir a imagem da única candidata que vence Dilma no segundo turno.  Aparentemente, a estratégia de falar mal de Marina deu resultado. A candidata do PSB parou de subir nas pesquisas e a diferença no segundo turno, que era de 10 pontos a favor dela, foi reduzida para sete pontos, segundo mostram o Datafolha e o Ibope.
 
Tucano de bico baixo
O presidenciável tucano Aécio Neves, que despencou nas pesquisas de intenção de voto após a entrada de Marina Silva no jogo, não chegou a baixar o nível como o PT, mas insinuou que Maria não tem equipe e tampouco experiência para governar o país. E autodeclarou-se o mais preparado para realizar as mudanças desejadas por 79% dos brasileiros. Mas só um milagre salva sua candidatura, que a esta altura mais parece um barco à deriva, com a tripulação saltando fora. Não está conseguindo sequer vencer em sua terra natal, Minas Gerais – um dos poucos estados da federação onde o PT está na liderança. Vexame total.
 
Política do medo
Marina Silva sabe que vai precisar dos tucanos no segundo turno. Por isso, tem respondido aos ataques do PT e praticamente ignorado as farpas de Aécio. Ela afirma que a presidente Dilma está tentando ressuscitar o medo. E conclui: “Acredito que a pior forma de fazer política é pelo medo”. 
Marina agora usa a mesma tática utilizada no passado pelo PT e que levou Lula ao Palácio do Planalto. “Acredito profundamente que a esperança venceu o medo. A sociedade brasileira, quando faziam terrorismo contra o Lula, repetia essa frase. Infelizmente quem está tentando ressuscitar o medo é a presidente Dilma. Prefiro fazer política pela esperança”.
 
Jogo desigual
O jogo eleitoral segue desigual. Enquanto Dilma tem quase 12 minutos na propaganda gratuito na TV, Marina tem cerca de dois minutos. Ainda assim, segue em situação de empate técnico no primeiro turno e vence no segundo, embora por uma diferença de apenas sete pontos.
 
Faltam pouco menos de 30 dias para o primeiro turno. Em uma eleição disputada, isso é quase uma eternidade. Muita coisa está em jogo e o PT, craque na oposição, amou o poder.
 
É certo que o partido de Lula, como já vem demonstrando, fará o que for preciso, anotem, o que for preciso, para garantir mais quatro anos no Palácio do Planalto. Quem viver, verá!
 
Tirem as crianças da sala.

Pastel indigesto

Quando a fase é ruim, nada parece dar certo. Em campanha política em Santos, quarta-feira (3), o presidenciável tucano Aécio Neves ficou irritado com a abordagem, pouco delicada, de humoristas do CQC e do Pânico. O pastel que comera pouco antes no tradicional Bar Carioca, no Centro, desceu quadrado.
Nervoso com o incidente, Aécio desistiu de continuar caminhando em busca de votos no centro da cidade. Já o governador Geraldo Alckmin, de bem com os eleitores, manteve a agenda e continuou em campanha.