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Escolas de Guarujá ganham projeto de combate ao bullying

12/08/2014Da Redação
Escolas de Guarujá ganham projeto de combate ao bullying | Jornal da Orla
Com o intuito de auxiliar na prevenção de casos de bullying, que podem acontecer nas escolas municipais, a Prefeitura de Guarujá inicia, a partir de agosto, um projeto que discutirá ações para o combate à violência verbal, física e psicológica. O programa deve se adaptar a cada unidade escolar do Município, identificando quais as vulnerabilidades de cada bairro e alunos, com atos preventivos de combate ao bullying. Este trabalho tem parceria com o Conselho Tutelar de Guarujá, além de representantes. 
 
Intitulado ‘Por Uma Cultura de Paz – Violência Não Mais’, o foco do projeto é lidar e encaminhar todas as circunstâncias que envolvem qualquer tipo de violência ocorrida na unidade escolar. As escolas devem instaurar métodos preventivos para que ituações de bullying sejam cada vez menores, realizando palestras e discussões  sobre o assunto e alertando o quanto isso é prejudicial para todos os estudantes. 
 
O novo programa vai atender as 26 escolas de Ensino Fundamental da Prefeitura e terá as orientadoras de cada unidade como responsáveis na realização junto aos alunos. 
 
Uma comissão especial de seis pessoas foi instituída para formatar como o projeto irá ser desenvolvido. Com representantes das secretarias municipais de Educação, Desenvolvimento e Assistência Social, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar de Guarujá e da sociedade civil foi instituído um fluxograma com três categorias de casos a serem coordenados pelas unidades escolares: casos leves, casos moderados e casos graves. 
 
Uma unidade escolar que já está aplicando o projeto é a EM Franklin Delano Roosevelt, na qual estão acontecendo discussões, dinâmicas e palestra sobre o assunto. Os alunos se conscientizam em relação o quão a prática do bullying pode prejudicar tanto quem faz quanto com quem recebe.   
 
Casos leves e moderados devem ter suas situações resolvidas na própria escola, já para casos graves, as unidades deverão encaminhar o caso para o Conselho Tutelar de Guarujá, unidades de saúde, Centro de Referência e Assistência Social (Cras), Centro de Atendimento Psicossociais (Caps), dependendo do caso sofrido pelo aluno da unidade escolar.
 
Todo esse processo será acompanhado com o auxílio da Ficha de Comunicação de Ocorrência do Aluno (Ficoa), que está operando nas escolas desde 2011 e mostra aos educadores casos de infrações cometidas pelos alunos como evasão escolar, vandalismo e bullying. 
 
Em reunião realizada na sexta-feira (1), no Centro de Capacitação (Cecap) Carmine Felipelli, as orientadoras de ensino das escolas de Ensino Fundamental da Prefeitura tiveram o projeto apresentado pela idealizadora e coordenadora das orientadoras de ensino da Seduc, Ivna Diogo Pedrão. “Nossa preocupação é adaptar da melhor forma a realização do projeto para cada escola. Pois as unidades estão em bairros diferentes e cada bairro tem situações diferentes de bullying”, explicou Ivna. 
 
Na oportunidade, as orientadoras também discutiram situações de bullying já ocorridas nas escolas e puderam verificar qual maneira correta de acompanhar o caso. A orientadora da EM Franklin Delano Roosevelt, Juliana Cardoso, salientou o fato dos próprios alunos relatarem caos de bullying. “Muitos já contaram o que poderia ser feito para que isso não acontecesse mais. E o projeto sem dúvidas vai ajudar muito no combate à violência. Desta forma, os professores conseguem identificar os pontos de vulnerabilidade que cada escola deve trabalhar com os alunos”, comentou Juliana.