Depois de anos de espera e de muitas promessas, finalmente vai sair o túnel ligando as cidades de Santos e São Vicente e obras para o corredor metropolitano, que vão facilitar a vida dos moradores da região e, também, de visitantes. O anúncio oficial foi feito quinta-feira (26), no Teatro Coliseu, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou a liberação de R$ 456,3 milhões para os investimentos, dos quais R$ 228 milhões a fundo perdido. A parte financiada será dividida entre o governo do Estado e Prefeitura de Santos, e deve ser paga em 30 anos, com cinco de carência.
Os recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade, e a presidente, em campanha pela reeleição, não perdeu tempo: “É um financiamento de mãe para filho”, disse ela. Não por acaso, Dilma era apontada como a mãe do PAC na campanha que a levou a subir a rampa do Palácio do Planalto nas eleições de 2010.
O projeto prevê a ligação das cidades por um corredor de trânsito com faixa exclusiva para o transporte coletivo, com 16,6 quilômetros, ligando a Avenida Antônio Emerich, em São Vicente, até o Porto de Santos. O túnel terá faixas nos dois sentidos e 1.350 metros de comprimento.
Parcerias
Além de conseguir os recursos para o túnel e obras de mobilidade, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), obteve, junto ao governador Geraldo Alckmin, o apoio do Estado para bancar 25% da obra, reduzindo, pela metade os investimentos que cabem à cidade.
No evento, Paulo Alexandre destacou a importância econômica da cidade de Santos para o país e a necessidade de garantir obras em mobilidade urbana. Já o governador Geraldo Alckmin usou de uma analogia para enaltecer a obra: “um gol duplo, disse ele, um de Pelé, outro de Neymar”. Para quem não sabe, Alckmin é um torcedor apaixonado do Santos FC.
Nas articulações em Brasília, para conseguir as verbas federais, Paulo Alexandre contou com o apoio do deputado federal Beto Mansur e do secretário da Nacional da Mobilidade Urbana, Julio Eduardo dos Santos.
A vida (e a política) como ela é
Durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Santos, o deputado federal Beto Mansur e o secretário Nacional da Mobilidade Urbana, Julio Eduardo dos Santos, mais conhecido na cidade como Julio Bombril, ocuparam lugar de destaque no Teatro Coliseu. Ambos ficaram bem próximos da presidente. Já as deputadas petistas Maria Lúcia Prandi (federal) e Telma de Souza (estadual) foram alojadas num lugar mais distante.
Vale destacar que, enquanto Telma e Maria Lúcia diziam, nos anos 1990, que o PT iria mudar o Brasil, Beto e seu então assessor Julio Eduardo garantiam que o Partido dos Trabalhadores só não era pior que o capeta.
Hoje, Julio Eduardo ocupa cargo no alto escalão do governo petista, e Beto Mansur está sempre ao lado da presidente. Já Telma e Maria Lúcia veem a presidente quase que de binóculos…
Democracia petista
Em tempos de queda de popularidade, vaias e xingamentos, o Palácio do Planalto achou por bem isolar a presidente da imprensa. Os jornalistas ficaram num bom lugar, mas bem distantes de Dilma. E não puderam fazer uma única pergunta à presidente. Não deixa de ser um ato coerente para um partido que deseja fazer “o controle social da mídia…”
Consolo
Como o demônio aceita tudo no inferno, menos ingratos, Dilma deu um jeitinho de fazer um afago a Telma, principal liderança petista da região: em seu discurso, citou entre os presentes “a minha amiga Telma…”
Petista revoltado
Um dos petistas, cujo fracasso certamente subiu à cabeça, estava indignado com a situação. Aos gritos, dizia: “Ô, coordenador da macrorregião, como é que esse, um evento com a presidente, que é do PT, só tem tucano na platéia? Eu vou ficar em pé?” Não ficou. Sentou lá no fundão!
A culpa é do Fifi
Num evento para divulgar obras para garantir mobilidade urbana, o trânsito da cidade literalmente parou, ou, se preferem, “imobilizou”. Preocupado com os efeitos da situação (a irritação dos motoristas e de usuários do transporte coletivo era grande), o vereador petista Ewaldo Stanislau procurava explicar: “A presidência da República não pediu interdição alguma. A culpa é da CET”. Ele jogou o abacaxi para o presidente da empresa, Antônio Carlos Gonçalves, o popular Fifi.
Minha foto, minha vida!
Jessé Félix, presidente da Associação Brasileira de Ciclistas, conseguiu realizar o sonho de muito petista: fez um selfie com a presidente Dilma Roussef. Aguenta o homem agora!
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