“A mídia parou de abordar o tema com a mesma intensidade de antes, mas o assédio sexual contra as mulheres segue acontecendo de distintas formas no transporte público da cidade. Por isso resolvemos intensificar nossas ações”, afirma Rosana Chiavassa, presidente da ASAS – Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas do Direito de São Paulo – que se uniu a Casa de Isabel, entidade que acolhe mulheres vítimas da violência – para criar e desenvolver esse movimento social. “A maioria das mulheres vítimas dessa violência sofrem caladas por medo ou vergonha. O Dia da Apitação que estamos realizando visa não somente esclarecê-las, mas também orientá-la sobre como agir caso sejam molestadas ou ameaçadas”, explica.
Segundo Chiavassa, o movimento, em duas grandes ações, uma na estação Brás do Metrô e CPTM e outra nas estações do Metrô na Avenida Paulista, já distribuiu mais de 20 mil apitos e folhetos com orientação. “Nosso objetivo até o final da nossa campanha, que não cessará nem durante a Copa, é distribuir cerca de 300 mil apitos e folhetos”, revela a presidente da ASAS. “Transformamos o apito numa arma de defesa, que deve ser levado na bolsa como qualquer outro pertence essencial. A mulher, se por acaso se sentir ameaçada ou vir outra em situação semelhante, deve tocar o apito para afastar o agressor, chamar a atenção do ambiente e, também, dos seguranças”, explica.
O diferencial dessa nova ação é que, além das estações do Metrô e da CPTM, o Dia da Apitação também acontecerá nas portas de algumas importantes faculdades de São Paulo. “Escolhemos os lugares de grande movimentação e as faculdades não podem ficar de fora”, conta Chiavassa.
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